sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

ATÉ QUANDO SEREMOS LUZ DO MUNDO?


Duas das mais fascinantes declarações de Jesus quando pronunciou o imortal Sermão da montanha foram estas: “Vós sois a luz do mundo” e “vós sois o sal da terra”, Mt 5.15,16.
É interessante observar que Jesus chamou os Seus discípulos de luz do mundo, mas em outra ocasião Ele declarou ser pessoalmente a luz do mundo, Jo 7.12.
Para que não se cometa erros na interpretação das duas assertivas, Ele esclareceu ser a Luz do mundo enquanto estivesse aqui na Terra.
Ou seja, após o fim do Seu ministério terreno e conseqüentemente Sua ascensão de volta ao Céu, a Igreja assumiria essa posição e essa função.
Todos sabemos que existem vários tipos de luz. As mais conhecidas e/ou populares são:
(a)           Luz cósmica, Gn 1.5;
(b)           Luz solar, Jr 31.36;
(c)            Luz artificial, Mt 25.6 e
(d)           Luz espiritual, Sl 4.8; Is 2.6;II Co 4.4,6.
A partir do primeiro capítulo da Bíblia, Deus esclarece e determina os propósitos básicos da luz, a saber:
(a)           Separação, Gn 1.14; Ex 10.23; Jó 18.6; 38.15.
(b)           Iluminação, Gn 1.15; Fp 2.15;
(c)            Sinalização, Gn 1.14;
(d)           Governo, Gn 1.16.
A Igreja tem compromissos múltiplos a cumprir na condição de luz do mundo. Ele deve manter-se separada do mundo, estabelecendo um limite que não deve ser transposto.
Ela deve fazer brilhar a luz do Evangelho, através da proclamação do Evangelho em suas diferentes dimensões: pessoal, familiar, comunitária, coletiva e mundial; deve sinalizar para o mundo os seus deveres, na condição de voz profética de Deus e, finalmente, deve impor sua autoridade sobre as impiedosas e destruidoras trevas que assolam o mundo.
Ela deve atentar para as características fundamentais da luz espiritual:
(a)           Ela é divina, Sl 47.3; I Jo 1.5. Como luz do mundo, Jesus é SOL, Ml 4.12. Mas, também como luz, a Igreja é LUA, Ct 6.10, ou seja, a luz não lhe é inerente. Ela a recebe do Sol da justiça e a transmite para o mundo;
(b)           Ela é permanente, Jó 18.5; Pv 18.9;
(c)            Ela é outorgada, ou seja, a Igreja é despenseira da Luz divina, I Co 4.2; Sl 118.27. Precisamos ser zelosos, a fim de não deixarmos nossa luz no velador.
(d)           Ela é regeneradora, I Ts 5.5; Ef 6.6. Quando os pecadores se encontram com a LUZ, é-lhes aberta a porta da transformação e da liberdade, , II Co 5.17; Jo 8.36.
A Igreja deve manter-se fiel aos seus compromissos com a LUZ, claramente estabelecidos na Palavra de Deus.
Não devemos compactuar com a escuridão moral e espiritual que tomou conta do mundo, mas manter-nos como o farol de Deus, todos os momentos e sempre.
Eis alguns de nossos compromissos:
(a)           Andar na luz, I Jo 1.7; Jo 11.9;Sl 89.15; Is 2.5;
(b)           Estar na luz, I Jo 2.9;
(c)            Vestir as armas da luz, Rm 13.12.
(d)           Trabalhar na luz, Jo 3.21; etc.
Ultimamente algumas ilustres figuras do meio evangélico parecem estar esquecidas de sua natureza e responsabilidade cristã, de modo que estão se aproximando excessivamente do ambiente de trevas.
Milhares de pessoas estão aplaudindo o fato de alguns segmentos da mídia nacional, antes totalmente contrários ao Evangelho, estarem agora abrindo espaço para cantores evangélicos, etc.
Mas há um grupo fiel que não fechou seus olhos e está conseguindo ver além da cortina. Já houve casos de cantores do Rei se exibirem ao lado de hostes de adoradores de demônios. Num desses casos, a cena foi presenciada por milhares, quase milhões. Foi deprimente saber que os que aplaudiram o hino sagrado tiveram de engolir as canções de Baal, que se lhe seguiram.
Quem pode assegurar que foi um ato evangelístico, evangelizante ou evangelizador?
Quem garante que algumas centenas de miseráveis pecadores se encontraram com Cristo naquela ocasião? Ou minha ótica estaria totalmente fora de foco?
Não estará em desenvolvimento uma perniciosa estratégia de Satanás, visando a confusão e a mistura do Evangelho de luz com o reino das trevas?
Será que nossos cantores realmente estão precisando de levar sua lâmpada para grandes palcos e depois permitirem que se ponha nelas um vinagre de Belial, ao invés do azeite do Espírito?
Já não basta a omissão do nome cristão (ou evangélico)?
Nós falamos a língua portuguesa e em português claro Evangelho é EVANGELHO (e não gospel). Não está sendo orquestrado um disfarce muito sutil, para nele, com ele e através dele começarmos a maquiar, a macular, e depois a perder a nossa identidade?
Seria isto o prelúdio de novos dias de Constantino? Se assim for, algum tempo mais tarde precisaremos de novos luteros.
Que a Luz da Igreja continue a ser luz. Que os pregadores do Evangelho preguem a Palavra. Que os cultos não sejam shows e sim cultos. Que os cantores sejam identificados como cristãos, como evangélicos e como representantes da Igreja do Senhor Jesus Cristo, e não meramente como representantes da música gospel.
Que a Igreja seja luz e não a deixe NEM SE DEIXE  escurecer.
Que ela seja sal e não se deixe apodrecer.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

SETENTA ANOS DEPOIS


Ela nasceu em um lar cristão.
Filha de pastor, com vários irmãos pastores, é também mãe de pastores.
Casada com pastor e nora de pastor, tem vivido toda sua vida na presença de Deus, a quem tem servido com dedicação desde tenra idade.
Criada na Escola Bíblica Dominical, desde cedo integrou conjuntos corais, vocais e musicais da Assembléia de Deus na Penha, no Rio de Janeiro. Mais tarde passou a ser membro da Assembléia de Deus em São Cristóvão.
Casou-se no ano de 1959, quando contava apenas 17 anos.
Desde então, já se mudou cerca de 20 vezes, sempre por causa do ministério de seu esposo.
Atuou com fervor e sem descanso em diferentes setores das igrejas por onde passou.  Sobretudo no trato com a área feminina.
A plenitude de suas atividades ocorreu na Assembléia de Deus na Ilha do Governador, também no Rio de Janeiro.
Mãe de seis filhos, foi ela quem lhes ofereceu as grandes oportunidades de uma convivência direta com o Pai Celestial, visto que seu esposo sempre e sempre esteve viajando, apesar do labor pastoral.
Foi missionária por 15 anos nos Estados Unidos.
Apesar da prole numerosa, venceu todos os desafios e, com os filhos ainda pequenos, cursou o curso básico e depois o bacharel em Teologia. Um notável exemplo de dedicação.
Hoje, com 13 netos e 2 bisnetas, já não possui mais o vigor de antes. Embora seu rosto não aparente, verdade me que seu corpo se tem debilitado devido a algumas intensas enfermidades. O preço de uma vida completamente entregue ao Senhor.
No entanto, jamais abandonou o posto de intercessora. Vezes sem conta tem se dedicado a esse labor com muita paixão e não poucas lágrimas.
Hoje, 17 de janeiro de 2012, ela completa – e comemora setenta anos de idade.
Uso este espaço para felicitá-la e para homenageá-la. Ela tem sido uma grande guerreira. Os céus dão testemunho disto. E eu também.
Ela é minha esposa.
Ela é a mãe dos meus filhos.
Ela é a pastora Maura Gomes.
E eu repito aqui o que já lhe disse pessoalmente: PARABENS, QUERIDA ESPOSA. O Senhor continue a ser tua legítima bandeira.
Feliz Aniversário.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

5 SIGNIFICADOS DA CEIA DO SENHOR



                Desde criança fui ensinado a valorizar adequadamente o culto de celebração da Ceia do Senhor Jesus.
                Posso recordar que meu pai mandou fazer meu “primeiro terno”  especialmente para ser usado no dia da Ceia.
                Admiro-me cada vez que observo em certas igrejas a total ausência de piedade, reverência e solenidade nesse ato de especial celebração. A ceia não pode ser celebrada em um ambiente de velocidade. Ela precisa ser tratada com prioridade, elegância e temor.
                Jesus ordenou que celebremos a Ceia até que Ele volte. Essa perenidade confere uma significação muito peculiar para o Corpo de Cristo.
                Diferentemente do que ocorreu com a multiplicação dos pães, praticada coletiva e publicamente, a primeira Ceia foi oficiada em um ambiente absolutamente privado.
                Não deveríamos vulgarizar tanto a Ceia, a ponto de a realizarmos em um culto público, de domingo à noite, por exemplo, quando não se estabelece nitidamente a diferença entre membros da Igreja e inconversos.
                Quando Paulo recomendou a cada um que se examine a si próprio não estava se referindo a cada um pecador, senão a cada um santo.
                Existem várias significações no ato da Ceia do Senhor. Pretendo alinhar cinco, a seguir.
                Em primeiro lugar, observe-se o significado histórico.
                A Ceia do Senhor assinala o fim dos sacrifícios imperfeitos do Antigo Testamento. Não mais touros, bodes, carneiros, novilhos ou pombas, etc., pois o Cordeiro de Deus havia chegado e estava pronto para o Grande Sacrifício.
                Ela também indica o fim da celebração da Páscoa. A Primeira Ceia aconteceu logo após a Última Páscoa.
                A Igreja, ao contrário de Israel, não tem compromissos com a Páscoa. Para nós, redimidos pelo sangue do Cordeiro, Cristo é nossa Páscoa, como escreveu Paulo aos coríntios.
                É fácil perceber que existe uma tentativa de reeditar a Páscoa na Igreja, a partir das comemorações  da páscoa mundana, sem identidade bíblico e sem conteúdo espiritual.
                Alguma reação séria e efetiva precisa ser oferecida.
A Ceia se identifica com uma aliança absolutamente nova. Assim como a Igreja não é a mera continuação de Israel, a Ceia não é um mero e ocasional desdobramento da Páscoa.
Páscoa é Páscoa e Ceia é Ceia.
A Páscoa recorda Moisés. A Ceia lembra Cristo. Moisés era um tipo. Cristo é o Antítipo, cheio de graça e de verdade.
O sentido histórico da Ceia nos permite entender que o derramamento do sangue de Cristo foi o centro de Seu ministério e é o alicerce de nossa fé no Plano Redentor de Deus.
Sem derramamento de sangue não há remissão de pecado, Hb 9.22.
Em segundo lugar, menciono o aspecto profético da Ceia do Senhor.
A Ceia levanta o véu que encobre muitas profecias e fatos proféticos alinhados ao longo do Antigo Testamento.
Por exemplo, o encontro de Abraão com Melquisedeque. A Bíblia declara que Abraão entregou o dízimo a Melquisedeque  e este, por sua vez, ofereceu a Abraão pão e vinho.
É a primeira vez que esses dois elementos aparecem juntos no texto canônico e apontam para aquela noite em que Jesus entregou pão e vinho aos Seus discípulos, já inseridos no contexto da Ceia.
A Ceia retrata o cumprimento da sublime e imortal profecia de Isaias 53. O Cordeiro se deixou imolar pelos pecadores e seus sofrimentos abriram para nós as portas da salvação, da felicidade e do bem-estar.
A Ceia aponta para o cumprimento literal da mensagem do último  e grande profeta da Antiga Dispensação, João Batista: “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”, Jo 1.29.
Durante séculos Deus contemplou as ofertas e os sacrifícios dos cordeiros do homem. Na Cruz Ele viu o Seu próprio Cordeiro morrendo por nós e assegurando-nos uma perfeita e eterna salvação, I Pe 1.18,19; Hb 5.9.
A Ceia une Gênesis ao Apocalipse. Naquele aparece a promessa do proto-Evangelho (3.15). Neste, a multidão de salvos aparece dando graças pelo sangue derramado em seu favor (Ap 5.9-11).
Em terceiro lugar, a Ceia possui um significado escatológico.
Ela aponta para a iminente volta do Senhor Jesus. Ao mesmo tempo em que recorda o passado da Cruz ela nos deixa antever o encontro sublime com o Noivo.
Paulo escreveu aos coríntios: “até que Ele venha”, I Co 11.
A Igreja vive um presente de vitória porque tem um passado de libertação e um futuro de glória.
Jesus falou de beber de novo no Reino do Pai. O ato de participar da Ceia do Senhor revitaliza nossa esperança na Segunda Vinda do Amado. Recompõe os elementos que constituem nossa expectativa e anulam eventuais ataques do Inimigo, os quais tentam nos desmotivar no prosseguimento da carreira cristã.
Em quarto lugar, existe um significado eterno na Ceia do Senhor.
O pão e o vinho são elementos terrenos, mas o que eles representam é algo celestial e duradouro.
A Ceia aponta para a eternidade do sangue de Jesus que é divino, perfeito, imaculado, santo, precioso e totalmente aceito como moeda de compra da nossa libertação e resgate da nossa alma.
A Ceia nos declara a eternidade do sacrifício do Filho de Deus, um  sacrifício irrepetível, feito com a participação do Espírito Santo (Hb 9.14) e totalmente convalidado nas mansões celestiais.
A eternidade desse sacrifício envolve e inclui a eternidade de nossa justificação, Rm 5.1.; 5.9.
A Ceia nos informa que a redenção é eterna e será desfrutada por uma Igreja que recebeu o dom da vida eterna, através de Cristo, Rm 6.23; Jo 3.15,16.
A celebração da Ceia não será eterna, mos o que a motivo possui a eternidade: a Pessoa de Jesus, o sacrifício de Jesus e a salvação oferecida por Jesus.
Finalmente, em quinto e último lugar, não esqueçamos o significado prático da Ceia do Senhor.
Diante da Mesa do Senhor terminam nossas diferenças e o Senhor promove o relevante milagre de nossa unidade em Cristo.
Diante da Mesa do Senhor somos renovados: em nossa fé, em nossa esperança e em nosso amor, I Co 13.13.
Muitas vezes temos chegado à Casa de Deus dominados por algum tipo de exaustão, desmotivados, cansados e enfraquecidos. À medida que a Ceia acontece, um sopro renovador invade nosso espírito, domina nossa alma e se espalha até pelo nosso corpo.
Este é o refrigério de Deus para nossas vidas. Esta é a terapia do Noivo para com a Sua querida noiva.
Diante da Mesa do Senhor nos sentimos UM só, em Cristo. Nosso amor cresce, nossa fraternidade se dilata, nossa comunhão se enobrece e se agiganta.
Diante da Mesa do Senhor saímos fortalecidos, ou seja, com uma nova disposição nova para continuarmos a viagem, para permanecermos no combate, para multiplicarmos a nossa devoção a Quem nos amou e por Seu sangue nos lavou de nossos pecados, Ap 1.5.
Graças a Deus pela Ceia do Senhor. 
E milhões de vezes mais, graças a Deus pelo Senhor da Ceia.
A Ele glória no tempo e na eternidade.
No dia da Ceia e em todos os demais, recordemos sempre que a vitória é nossa pelo sangue de Jesus.
Nota: Lembro aos meus nobres leitores que de 4 a 6 de maio próximo estarei promovendo o PRIMEIRO SEMINÁRIO NACIONAL PARA PREGADEORES DO EVANGELHO, em Indaiatuba, SP. Informações através do site: www.gezielgomes.com  e/ou do endereço eletrônico: erissonedmilson@gmail.com


sábado, 7 de janeiro de 2012

Mensagem para minha nora Lucimar, em virtude do falecimento de seu querido pai ANOEL.....


MUI QUERIDA LUCIMAR
Sentes hoje a dor que senti alguns anos atrás.
Sabes hoje o que eu soube ontem:
Que um pai não tem substituto.
Choras agora como eu chorei antes.
Por causa da minha, imagino agora o que a tua entristecida mãe
sentirá nos próximos dias, meses e anos.
As lágrimas da perda do amigo maior e melhor, dentre os mortais.
Mas, também sei que tu e ela acolhem a esperança que minha mãe e eu nutrimos naquele dia triste e nutriremos até aquela alvorada alegre, no grande Dia da Ressurreição.
Ter um pai é possuir alguém que guarda para nós a caixa de segredos de nossa longa jornada: desde o dia do nascimento até o ocaso do sol da vida terrena.
Não fosse a certeza de um reencontro amanhã,
Não haveria consolo para a tristeza de hoje.
Ele partiu em um dia que para ele foi um duplo sábado (shabath, descanso)
O descanso da semana e o descanso da vida.
Um sábado sem domingo terreno.
E simultaneamente um sábado que durará
para sempre.
Que o consolo de Deus encha o teu coração e o do meu filho Jadhiel o suficiente para ser superado este momento único.
PREZADA NORA
Nós, os que ficamos, ainda sofreremos as atribulações que permeiam o mundo do lado de cá,
Ele, que partiu, já se integrou ao Paraíso,
antecâmara da eternidade,
sala de espera do Palácio real,
lugar de delícias infinitas.
Nenhum filho sabe a distância que separa duas mortes: a do pai amado e a sua, mas por causa da confiança que há em Cristo,
O coração suspende o soluço da dor
Para entoar um canto de esperança, que somente os salvos são capazes de expressar, entre um soluço e outro:
Pai Anoel, estaremos juntos...
...quando AMANHECER.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

SERÁS UM BOM MINISTRO


A expressão que serve de título para este texto foi tomada das palavras de Paulo, endereçadas a Timóteo, seu filho na fé, I Tm 4;6.
Havia um anelo no coração do apóstolo das gentes no sentido de que Timóteo fosse mais que um simples ministro. Seu desejo era que ele viesse a ser um bom ministro.
O vocábulo ministro descreve vários títulos oficiais de caráter civil ou religioso.
No Brasil os Ministros são pessoas que exercem atividade de alta importância no Poder Executivo, e são ligados diretamente à Presidência da República.
Com muita propriedade, o Smith`s Bible Dictionary declara que no Antigo Testamento essa palavra (ou título) é aplicada a Josué, Ex 24.13, sendo que na maioria das versões ela é traduzida por servidor. Em I Rs 10.5 ela é traduzida por oficiais e se refere a auxiliares de Salomão, que serviam no palácio.
Em II Cr 22.8 os ministros são chamados de príncipes e no Sl 104.4 pode estar se referindo a oficiais de Israel  ou a anjos.
Sacerdotes e levitas do AT são também chamados de ministros: Ed 8.17; Ne 10.36 (sacerdotes que ministram), Is 61.6 (ministros de nosso Deus), Ez 44.11 (ministros no santuário), Jl 1.13 (ministros do altar), etc.
Em II Sm 8.18 lemos que alguns dos filhos de Davi eram ministros. No Salmo 104.4 lemos: Faz dos seus anjos espíritos, dos seus ministros um fogo abrasador.
Voltando-nos para o Novo Testamento, encontramos a declaração de Paulo, de que as autoridades atuam na condição de ministros de Deus, Rm 13.6.
Em algumas versões o assistente da sinagoga ( Lc 4.20) é chamado de ministro.
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Chegamos, agora, ao ponto que mais nos interessa: os obreiros de Deus e sua condição de ministros.
O NT enumera as seguintes designações, quando se refere aos Obreiros que exercem efetiva liderança na Casa de Deus::
(1)                     Ministros, I Co 3.5
(2)                     Ministros da Palavra, Lc 1.2.
(3)                     Ministros de Cristo, I Co 4.1; II Co 11.23.
(4)                     Ministros de Deus, II Co 6.4.
(5)                     Ministros de um novo testamento,  Co 3.6.
De acordo com o Easton`s Bible Dictionary, existem duas palavras hebraicas e três gregas, usadas no texto sagrado, as quais são traduzidas por ministro:
(1)                     Meshereth, usada para Josué, os servos de Eliseu, os sacerdotes e levitas, etc.
(2)                     Pelah, que tem a conotação de ministro religioso, Ed 2.55; Ne 7.57, etc.
(3)                     Leitourgos, um administrador público, Rm 13.6. É aplicado a Cristo em Hb 8.2.
(4)                     Hyperetes, alguém que presta serviços a um superior, Lc 4.20; At 13.5..
(5)                     Diakonos, que significa alguém que presta serviços a outro no ministério do Evangelho, I Co 3.5; Ef 6.21; Cl 1.7, etc.
Os escritores do NT usaram exaustivamente o verbo ministrar (também traduzido por servir). Seguem alguns poucos exemplos:
(a)                      Finda a tentação no deserto, os anjos ministraram a Cristo, Mt 4.11.
(b)                     Jesus recomendou aos Seus discípulos que se abstivessem de qualquer forma de grandeza, mas que se servissem (ministrassem) uns aos outros, Mt 20.26; Mc 9.35. 10.43;
(c)                      Jesus não veio para ser ministrado (servido), mas para ministrar (servir), Mt 20.28; Mc 10.45.
(d)                     Se alguém pode ministrar-me (servir-me), então siga-me, Jo 12.26.
(e)                      Eu te levantei para que possas ministrar e ser minha testemunha, At 26.16.
(f)    Eu vou a Jerusalém a fim de ministrar aos santos, Rm 15.25.
O Senhor Jesus revelou a Paulo que Ele próprio estaria concedendo dons e qualificações especiais a alguns dentre os Seus, a fim de exercerem o Ministério.
Esses dons correspondem a cinco ministérios, de acordo com Efésios 4.11: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres.
Em algumas versões da Bíblia, inclusive em outros idiomas, a expressão anjo da igreja, usada em Ap 2 e 3 é traduzida por ministro da Igreja, referindo-se, portanto, ao pastor.
A Igreja não pode viver sem a ação dos seus ministros. Por sua vez, os ministros precisam ser dedicados à Igreja no exercício de seu ministério.
É permitido aspirar ao ministério, mas não é permitido apoderar-se dele. Há que esperar a confirmação de Deus, a certeza da chamada, a evidência da vocação e o tempo certo.
Paulo tinha consciência de haver sido levantado por Deus para ser um ministro, Ef 3.7. Cl 1.23. O Senhor lhe outorgou 3 dos cinco dons ministeriais, a saber: apóstolo, evangelista e mestre. Ele sabia que não era um profeta, nem um pastor, II Tm 1.11. (Nesse texto, pregador corresponde a evangelista).
Se a pessoa assume uma posição na Igreja que não corresponde ao seu  ministério, jamais produzirá os frutos desejados e esperados.
O pastor tem paciência para ouvir as ovelhas. O evangelista, não. O evangelista prega com ousadia e muita vibração. O pastor é mais calmo e professoral no seu estilo.
O mestre cuida de orientar a Igreja em todo o conselho de Deus, enquanto o evangelista se especializa na mensagem da Redenção e se deixa consumir pelo ardor evangelístico e pela vontade inquebrantável de ver almas salvas.
Evangelistas apreciam estatísticas e amam as multidões. O pastor é capaz de tomar bastante tempo com uma ovelha ferida ou cansada
Nos últimos anos têm aparecido muitos ministros com o dom de avivalistas. Tal nomenclatura não tem embasamento ou apoio escriturístico. Freqüentemente os avivalistas se esquecem de fazer apelos aos pecadores, enquanto tomam todo o seu tempo buscando um derramamento de poder sobre os que já estão dentro do aprisco.
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. Um bom ministro é aquele que ministra a graça de Deus aos seus ouvintes, Ef 4.29.
Um bom ministro ausculta as necessidades da Igreja e tem a marca da fidelidade como selo de seu ministério, Ef 6.20. Cl 1.7. Cl  4.7
A principal preocupação de um bom ministro não é ministrar aos desejos da congregação e sim às suas necessidades, Fp 2.25. 4.16.
Se considerarmos a palavra ministro no sentido de quem presta um serviço para Deus e para o Seu povo, os cantores exercem um ministério. E de igual maneira os que contribuem, os que visitam, os que intercedem, etc., etc.
Mas, se usamos a palavra ministro no sentido da liderança e da administração da Casa de Deus os cantores não são ministros.
Os cânticos não dirigem a Igreja. Eles são oferecidos a Deus, na esperança de que Ele os aceite e Se digne de liberar a ação livre do Espírito no culto que se realiza.
Esta é a razão por que os louvores vêm quase sempre em primeiro lugar, ou seja, na parte inicial do culto. Eles abrem o caminho para o que se segue.
No tempo de Josafá eles precediam os que vinham armados para as grandes batalhas.
Os pregadores são a tropa de choque de Cristo, os atiradores de elite de Jeová, os guerreiros do Espírito Santo.
É difícil de entender porque no Brasil os cantores recebem ofertas em média cinco vezes maiores que os pregadores.
A glória do cantor é entoar os hinos que todos conhecem, A glória do pregador é pregar uma mensagem que nunca se ouviu antes,
Deus tem um propósito para a vida de cada pessoa que Ele vocaciona, chama e levanta para o sagrado Ministério.
Paulo chama isto de uma dispensação de Deus e está em plena harmonia com Sua Palavra, Cl 1.25.
Um bom ministro tem a graça de Deus e a capacidade de ajudar, estabelecer, confirmar e consolar os irmãos, I Ts 3.2.
Um bom ministro deve possuir um excelente caráter e ser uma pessoa de quem todos dão bom testemunho, inclusive os infiéis, ou seja, a comunidade onde ele vive, I Tm 3.2,10.
Um bom ministro deve ter costumes de primeira qualidade e em nada deve entristecer o Espírito Santo, Tt 1.7; Ef 4.30.
Um bom ministro jamais deve esquecer seu compromisso e sua obrigação de defender a fé que provém do Evangelho, Fp 1.7.
Um bom ministro deve estar cheio de autoridade e deve estar sempre  consciente daquilo que fala, pois sabe que Deus confirmará suas palavras, como aconteceu com o profeta Elias, I Rs 17.1-16;
Um bom ministro deve ser um exemplo para o rebanho e um motivo de glorificação ao Nome de Deus, Fp 3.17; II Ts 3.9; I Tm 4.12; I Pe 5.3,
Propondo estas coisas aos irmãos, serás bom ministro de Jesus Cristo, criado com as palavras da fé e da boa doutrina que tens seguido.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

APRENDENDO COM OS ERROS DE JONAS



         A despeito de alguns críticos haverem desenvolvido uma forte campanha no século passado tentando considerar inverossímil a história do profeta Jonas, isto jamais significou um problema para o povo de Deus, pois ele acredita fielmente na veracidade da Bíblia.
         Jesus deu testemunho de Jonas, considerando-o um personagem real da História e uma figura de Sua própria morte e ressurreição, Mt 12.39-41; Lc 11.29-32.
         O que devemos fazer, na verdade, é descobrir tudo o que de proveitoso existe para nossas vidas, quando lemos, e principalmente quando estudamos a vida daquele profeta.
         Desta feita, desejo ater-me a um singular aspecto da vida do filho de Amitai: os seus erros, os quais certamente estão registrados nas páginas aurifulgentes das Sagradas Escrituras para nossa edificação.
         Jonas errou. E errou gravemente. Ele já era um profeta quando foi designado por Deus para ir a Nínive, mas estava acostumado a ser usado por Deus somente entre o seu próprio povo. Ele era uma espécie de capelão do Reino, no tempo de Jeroboão I.
         Quando recebeu a missão de proclamar a mensagem de Deus ao povo de Nínive, seu desafeto, Jonas cometeu alguns irreparáveis e graves erros.
1.   Tentou obedecer a Deus à sua maneira.
Todos os fiéis leitores da Bíblia sabem que Deus somente considera obediência aquela que é integral, ou seja, meia obediência significa para Deus desobediência.
O pecado entrou no mundo como efeito de um ato de desobediência, Rm 5.19.
Para Deus, obedecer é melhor do que sacrificar, I Sm 15.22.
Deus ordenou a Jonas que fosse. E ele decidiu ir. Só que decidiu ir para o lugar de sua escolha. E como se deu mal!
Não podemos dispor de um plano B para Deus. Quer Ele indique ou não o lugar para onde devemos ir, tratemos sempre de permitir que Ele mesmo seja o nosso GPS, como aconteceu com Abraão, Gn 12.1-3.
2.   Jonas tentou ocultar-se da presença de Deus,
Tudo indica que Jonas sabia muitas coisas a respeito de Deus, mas ignorava ser Ele onisciente e onipresente. Afirmo isto porque o texto bíblico declara que Jonas tentou fugir de Deus.
Basta ler o Salmo 139 para entender que essa tentativa de fuga seria totalmente desastrosa, como em verdade o foi.
O escritor da carta aos Hebreus declara que todas as coisas estão nuas e patentes diante de Deus, Hb 4.13..
3.   Jonas imaginava que distância e tempo apagam os nossos atos de desobediência
O quarto erro fatal de Jonas foi supor que poderia desobedecer a Deus, mas certamente Ele Se revelaria clemente e, passado algum tempo, tudo voltaria à normalidade.
Nós vivemos no Tempo, mas Deus habita na Eternidade.
Tempo e distância nada significam para Ele. Nosso dever é atentar para todos os detalhes de Suas ordens e cumprir a Sua Palavra com exatidão.
4.   Jonas tentou colocar sua honra acima da honra de Deus.
Nenhuma honra pessoal pode ser colocada acima da de Deus, o Soberano do Universo. Aliás, senhores têm honra, mas servos, não.
Quantas pessoas têm deixado de cumprir o propósito de Deus em sua vida por causa de seus próprios sentimentos, paixões, preferências, desejos e opiniões.
Jonas não simpatizava com os ninivitas, mas Deus queria salvá-los.
Jonas sonhava com a destruição de Nínive, mas Deus planejara um grande Avivamento para aquela metrópole. E Jonas havia sido o instrumento escolhido pelo Eterno.
Todas as vezes que razões e motivos humanos se sobrepõem ao Plano de Deus, o resultado é sempre catastrófico para quem se nega a fazer a vontade de Deus. Melhor que tudo é experimentarmos a perfeita vontade do Senhor, Rm 12.2
É isto que faz a diferença. É aqui que descobrimos como são formados os verdadeiros heróis, tanto do Antigo quanto do Novo Testamento.
Fazer ou não fazer a vontade de Deus, eis a questão. Isto separa Saul de Davi, Abel de Caim, Arão de Moisés, Judas de Paulo, etc., etc.
5.   Jonas não assimilou,  como profeta, a imensa misericórdia de Deus.
Depois que Jonas escapou da morte, recebeu de Deus uma segunda oportunidade e decidiu aproveitá-la.
Sentiu-se muito confortável a principio porque Deus lhe mandou pregar a destruição da Cidade e de seus habitantes. Jonas estava feliz e ansioso por ver chegar o dia D e a hora H. Ele queria testemunhar o ocaso de Nínive, enquanto Deus propusera um alvorecer.
Todos os textos da Torah e dos Salmos que descrevem a excelência e a exuberância da misericórdia de Elohim e que com certeza Jonas havia lido muitas vezes, como bom judeu que era, foram por ele totalmente esquecidos.
Por que razão nós simpatizamos mais com o castigo que com o perdão? Por que preferimos mais a punição que a anistia? Certamente porque, como homens naturais, não nascemos na condição de filhos da misericórdia.
Jonas foi um missionário e ninguém tem o direito de ser um missionário se primeiramente não absorver em seu ser o espírito de misericórdia do Senhor.
Missões não são profetas do Apocalipse. São mensageiros do Gênesis, ou seja, de um iminente novo começo do mover de Deus na História.
Deus está chamando novos Jonas e quer enviá-los às modernas Nínives.
Eles não podem, todavia, cometer os erros do primeiro Jonas.
Que os erros do profeta de ontem sejam uma inspiração para os acertos de hoje. Para a glória de Deus.


GRANDES LIÇÕES DA VIDA DE JONAS
1.   Nenhuma pessoa jamais conseguirá fugir da presença de Deus.
2.   Certas tempestades não são para nos destruir, e sim para nos salvar.
3.   Quando nos afastamos dos planos de Deus, levamos outras pessoas ao sofrimento
4.   Deus sempre tem algum “submarino” de prontidão quando somos lançados ao mar.
5.   A memória do passado não é mais importante que a visão do futuro.
6.   Deus sempre está disposto a nosw conceder uma segunda oportunidade.
7.   Qualquer pessoa pode experimentar uma restauração.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

ACHASTE MEL? COME O QUE TE BASTA



                                                        Provérbios 25.16
É imperioso reconhecer que sempre houve excessos no Movimento Pentecostal. Toda obra de Deus é pura, mas quando seres humanos a cultivam ou administram, pode sofrer ranhuras e receber nódoas, por causa da fragilidade humana..
Salomão aconselha as pessoas que se deparam com um bocado de mel a que sejam sóbrias. Que comam apenas o que lhes basta. Que se sirvam apenas do que lhes é suficiente. Para que não tenham que vomitar, pois assim nada se aproveitará do que houvessem comido..
O Movimento Pentecostal, como um agir sobrenatural e efetivo de Deus no seio de Sua Igreja, é um preciosíssimo favo de mel, o verdadeiro mel da Rocha.
Comer demais desse mel induz e conduz qualquer cristão ao fanatismo. O equilíbrio é tão importante quanto a bênção de Deus que o precede. Ambos são inseparáveis.
Desde o falar em línguas em hora imprópria, ao profetizar durante o momento da pregação, existem situações delicadas que precisam ser corrigidas, disciplinadas e administradas.
É sabido que alguns se deixaram dominar pelas emoções e para elas o agira de Deus se tornou uma inutilidade.
Em Sua sabedoria infinita o mesmo Espírito que atua na realização de obras miraculosas também cuida de oferecer sabedoria aos filhos de Deus. A fé não suprime o bom senso. O poder não anula a prudência.
Dito isto, reporto-me agora ao perigo de exorcizarmos a essência, quando apenas deveríamos ajudar a eliminar os excessos.
Se cair na presença de Deus é obra de demônios, quem realmente está com o controle do Rebanho de Cristo?
Se cair na presença de Deus é um teatro de satanás, por que motivo teria Deus permitido que o Inferno presidisse a sessão de inauguração do monumental templo, em Jerusalém? Naquela ocasião os sacerdotes não conseguiram se manter de pé.
Teria sido Daniel ao mesmo tempo um homem mui desejado por Deus e um agente de Satanás? Imaginem uma câmera registrando a postura inadequada do profeta. Quem conhece a Bíblia, sabe a que me refiro.
Se o espetáculo do Dia de Pentecoste houvesse sido filmado, certamente domingo passado (13/11) o mundo teria assistido esse vídeo dito e tido por satânico.
Os repórteres que estão a serviço da Central de Blasfêmias receberam a pejorativa missão de documentar o pouco joio que se imiscuiu no meio do exuberante trigal. Só que ninguém lhes disse que o pecado de cometer escândalos é irmão gêmeo do pecado de torná-los públicos, pois ambos representam uma tentativa de desestabilizar o verdadeiro Reino de Deus.
Deus vai continuar a trabalhar. Ele não se abala jamais. Os fiéis vão continuar a buscar o poder que transforma, a unção que revitaliza, a glória que sustenta e a autoridade que desmascara o Inimigo.
O mais lamentável de tudo, todavia, é que os atiradores não surgiram dos arraiais dos filisteus ou dos amalequitas. Eles estão diuturnamente portando a mesma Bíblia, aparentemente pregando o mesmo Evangelho. Embora sempre isolados, como se os melhores fossem.
Razões ocultas sempre haverá para as guerras entre irmãos. O único problema é que existe um limite para a ação desses guerreiros ao avesso.
Enquanto os projéteis atingirem apenas as ovelhas, haverá tolerância e longanimidade.
No entanto, no dia em que certas ações ultrapassarem a fronteira e penetrarem na zona de blasfêmias contra o Espírito Santo, diz a Escritura que não haverá perdão. Nem neste século, nem no vindouro.
Continuemos a comer mel, mas sejamos vigilantes. Muitas pessoas enfraquecidas praticamente ressuscitaram por haver comido mel.
Outras se sentiam muito fortes e porque abusaram de comer o mel, morreram. E morreram para sempre.
Outras, por sua vez, depois que haverem comido desse mel e haverem vomitado,  recolheram esse vômito e o lançam em fortes jatos contra o povo simples e bom, santo e fiel, que serve ao Senhor de todo o coração.
A Noiva está sendo ultrajada, mas não perdeu sua honra. Nem a bênção daquele que a comprou com Seu precioso sangue.
O Pentecostalismo verdadeiro resistirá a todos os ataques. Ao invés de sucumbir diante do escandaloso arsenal lançado contra ele, dele se servirá para aparar algumas arestas, para unir ainda mais suas lideranças e para se aproximar ainda mais daquele que é General dos generais, Rei dos reis e Senhor dos senhores.
A Ele glória e louvor, pelos séculos dos séculos.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O VALOR DE UM SOLDADO



A imensa maioria das nações modernas possui Exército, Marinha e Aeronáutica, além das forças auxiliares.
O núcleo base das unidades militares são os soldados.

Alguns países, como Rússia, China, Estados Unidos e França, gastam uma alta percentagem de seus orçamentos precisamente com seus soldados. Outros, como Suíça e Costa Rica têm despesas bem menores.
Segundo algumas fontes, são estes os maiores efetivos militares: China, 2 270 000 soldados; Estados Unidos, 1 414 000; Índia, 1 298 000; Coréia do Norte, 1 082 000;; Rússia, 988 100 e assim por diante.
O segundo país mais populoso do planeta sempre esteve em guerra com seus vizinhos muçulmanos. Hoje, seu maior rival é o Paquistão. As aguerridas tropas indianas estão entre as mais bem equipadas do Terceiro Mundo. Além de muitos soldados, a Índia tem armas nucleares e mísseis para transportá-las
Na verdade, todas as nações valorizam os seus soldados, visto que eles asseguram a manutenção da ordem, além de cuidarem da defesa nacional. Em algumas nações os soldados são bem pagos, noutras nem tanto, porém todos são valorizados.
Quando acontecem guerras, costumeiramente existem soldados que são capturados pelo exército inimigo. Nesse caso, são longas e difíceis as negociações que os governos empreendem, para tentar reaver os soldados feitos prisioneiros. Existem leis de guerra que determinam como agir em tais circunstâncias, mas nem sempre são amplamente observadas.
Cada nação sabe quanto custam seus soldados.  Trata-se de uma invisível bolsa de valores onde o leilão não possui regras definidas.
A Bíblia se refere exaustivamente a soldados. O apóstolo Paulo a eles se referiu com riqueza de detalhes, especialmente em Efésios 6. Ele estava preso em um cárcere romano e tinha um soldado permanentemente diante de si.
Quanto vale um soldado?
Esta pergunta vem a propósito de notícias veiculadas na Imprensa mundial, hoje, 17/10/2011. Elas nos dão conta de que um soldado israelense, feito prisioneiro, foi trocado por mais de 1.000 prisioneiros palestinos, conforme o texto que transcrevemos a seguir:
Prisioneiro em Gaza há cerca de 2 mil dias, o soldado israelense Gilad Shalid pode recuperar na terça-feira a liberdade em troca de mil presos palestinos, segundo o acordo sem precedentes entre Israel e o movimento islamita Hamas.
A não ser que ocorra alguma surpresa, o sargento de 25 anos - que também tem a nacionalidade francesa - será transferido na manhã de terça-feira da Faixa de Gaza ao Egito, e depois levado imediatamente para Israel.
Será recebido na base aérea de Tel Nof (sul de Israel) pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, pelo ministro da Defesa Ehud Barak e pelo chefe de Estado-Maior, general Benny Gantz. Ali verá seus pais Noam e Aviva pela primeira vez em mais de cinco anos.
O jovem militar será trocado por um primeiro grupo de 477 palestinos - em sua maioria condenados à prisão perpétua -, dos quais 27 são mulheres.
O acordo assinado na terça-feira entre Israel e o Hamas no poder em Gaza, com mediação egípcia, um segundo grupo de 550 detidos palestinos será libertado nos próximos dois meses.
Ao soltar 1.027 prisioneiros, muitos deles com as mãos manchadas de sangue, Israel aceitou pagar um preço proporcionalmente mais alto para recuperar um de seus soldados. Em maio de 1985, o Estado hebreu colocou em liberdade 1.150 palestinos contra três militares.

É impossível perder essa oportunidade, sem chamar a atenção do leitor para o valor de um soldado, dependendo de que lado esteja.
Os cidadãos israelenses não são muitos, mas possuem o melhor serviço militar de inteligência, em todo o mundo. Claro, estou me referindo ao célebre Mossad. Depois do Mossad surgem o FBI (EUA), a Scotland Yard (Reino Unido), etc.
O treinamento dos soldados israelenses está muito acima da média mundial.
A história moderna de Israel está rica de episódios nos quais os soldados israelenses mostraram bravura, inteligência, determinação, capacidade e disciplina incomuns..
Basta lembrar dois notáveis fatos: a tomada do aeroporto e o famoso resgate de Entebe e a Guerra dos 6 Dias. Eles se tornaram clássicos exemplos do valor dos soldados israelenses.
Israel valoriza os seus soldados. Afinal, eles são continuadores de uma história milenar e são herdeiros históricos de Josué, Gideão, Sansão, Davi, Joabe, Jeú, Moshe Dayan, etc., etc.
A ocasião é oportuna para uma pergunta: quanto valem os nossos soldados? Nós os temos valorizado adequada e sabiamente?
Numa época em que os valores estão completamente invertidos, quanto valem os nossos soldados?
A bolsa de valores do mundo está leiloando a preço altíssimo seus falsos heróis. Entre eles recebem superior destaque homicidas, terroristas, atores de peças malévolas e de novelas corruptoras, escritores depravados, apresentadores de TV que estão assassinando moralmente nossas crianças e nossos jovens, etc. A lista é longa e lamentável.
E os nossos soldados, quanto valem?
Quanto vale um poderoso pregador do Evangelho, um incansável missionário, um fiel pastor de almas, um dedicado educador cristão?
Por quanto se trocaria hoje um soldado de Cristo?
Existem soldados feridos e prisioneiros, que merecem nosso cuidado, atenção e solidariedade.
Como gostamos de cantar, vale a pena outra vez e cantar sempre   não deixe um soldado ferido morrer.
Ele vale muito mais do que mil prisioneiros de Satanás.

Nota 1: Até o fim desta semana, estaremos apresentando o nosso site completamente atualizado, com grandes surpresas.
Nota 2: Temos mensagens em DVD absolutamente inéditas. Vá até o site e dê uma olhadinha.