sábado, 31 de julho de 2010

TENTANDO FUGIR DOS EXTREMOS

Extremo a: o programa do culto inclui doze hinos e a mensagem somente pode durar 15 minutos. Extremo b: o programa inclui apenas 2 curtos corinhos e a mensagem duas horas. A Igreja precisa louvar!

Extremo a: o pregador itinerante exige hotel de seis estrelas, toalhas de griffe e come todos os chocolates que encontra no apartamento; extremo b: a Igreja reserva um apartamento em um hotel de 2 estrelas apagadas, e ninguém se lembra de verificar se existe ar-condicionado funcionando.

Extremo a: o itinerante requer dez mil reais para atender um compromisso de duas noites e prega duas mensagens que o Brasil inteiro já conhece; extremo b: o itinerante deixa o líder que o convidou para lhe dar o que Deus tocar, e ele lhe dá uma oferta de 400 reais, depois que o pregador ficou horas a buscando e recebendo uma nova e reveladora mensagem do Céu.

Extremo a: o pastor é sisudo e evita se aproximar das ovelhas, a fim de “não perder a autoridade”; extremo b: o pastor conta piadas a toda hora para os seus auxiliares e ninguém lhe dá o menor respeito.

Extremo a: o pastor recolhe duas ofertas a cada culto, sempre depois de fervorosos mini-sermões; extremo b: com medo de ser censurado, o pastor nunca fala de ofertas e a tesouraria não tem dinheiro sequer para comprar o pão da Ceia.

Extremo a: o pastor se veste extravagante e luxuosamente diante das ovelhas de uma congregação onde todos não vão além do salário-mínimo e se sentem insultadas; extremo b: para parecer “santo” ou “espiritual” o dirigente vai para o culto com roupas amassadas e puídas, e o espírito de prosperidade foge da congregação.

Extremo a: o pastor deseja formar obreiros novos e passa 3 meses sem pregar. Extremo b: o pastor prega muito bem e não dá qualquer oportunidade para futuros e prováveis obreiros, pelo que perde todos os vocacionados, que vão embora.

Extremo a: O pastor quer que a Igreja seja alimentada abundante e diversificadamente, pelo que durante os 52 meses do ano ele convida 50 pregadores de fora. Extremo b: o pastor tem receio de perder o posto, então passa dois anos sem convidar um só para visitá-lo e abençoar a igreja.

Extremo a: o pastor tem um grande amor a sua família e sai com ela 3 vezes por ano, em um mês de férias cada vez. Extremo b: o pastor é apaixonado pela Igreja e sai com sua família de cinco em cinco anos.

Extremo a: o pastor precisa de unção, então nunca lê jornais, etc e vive totalmente distanciado do que passa no mundo ao seu redor. Extremo b: o pastor quer se manter atualizado e passa 7 horas por dia diante da TV, dos jornais, do rádio e da Internet.

Extremo a: com medo de ser contaminado com vírus do meio político o pastor se nega terminantemente a tudo, e até mesmo a dar um palavra sábia de orientação sobre os candidatos, etc. Extremo b: o pastor vira um cabo eleitoral e na época de eleições transforma o púlpito sagrado em plataforma de comícios.

Para evitar que Josué se comprometesse com os extremos, o Senhor lhe disse: “Não te desvies: nem para a direita, nem para a esquerda”.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

A VIDA PASSA RAPIDAMENTE

Moisés, o inesquecível legislador dos judeus, ao escrever o Salmo 90 deixou registradas estas palavras, verdadeiro monumento e objeto de amadurecida reflexão:
A duração da nossa vida é de setenta anos; e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, a medida deles é canseira e enfado; pois passa rapidamente, e nós voamos.
O testemunho de meus pais e uma certidão de nascimento informam que eu vim a este mundo no dia 27 de julho de 1.940.
Hoje, portanto, tenho muito a agradecer ao Pai Celestial por me haver permitido atingir um dos patamares estabelecidos nas Escrituras para a duração da vida humana.
Por um lado, parece que vivi muito mais, tal a gama de atividades de todos esses anos. Por outro, parece que foi muito menos, visto haver feito tão pouco para o Reino.
Desejo consignar meu agradecimento a Deus pelo dom primeiro, a própria vida, sem o qual os demais carecem de significação.
Agradeço-lhe por me haver permitido nascer em um lar cristão e ter tido o melhor dos pais, a mais desejável das mães.
Ela ultrapassou a dupla barreira do texto acima e tem, agora, um crédito de 10 sobre os oitenta.
Sou grato a Deus que me permitiu ler antes dos 4 anos, para que pudesse ter lido o NT já aos cinco.
Agradeço-Lhe porque, antes dos 4 me fez voltar da morte, quando já o esquife estava pronto para ser entregue. Portanto, minha vida é um milagre.
Agradeço-Lhe pelo irmão que partiu cedo, muito cedo, e que espero encontrar na Glória, quando o meu dia também chegar.
Agradeço pela irmã que tenho, gêmea duas vezes: de corpo e de alma.
Agradeço-lhe por me haver permitido anunciar o Evangelho Poderoso desde os cinco, inclusive em Belém do Pará, em dezembro de 1.945.
A princípio eram textos escritos por meu pai, até que,aos 11, fui estimulado a dar meu próprio vôo.
Registro minha gratidão ao Onipotente pelos Seus filhos que me deram amizade, apoio, orientação, oportunidade e exemplo: Alcebíades Vasconcelos, Túlio Barros Ferreira, Emilio Conde e Estêvão Angelo.
Graças te dou, Senhor, pelas oportunidades de haver trabalhado, desde muito cedo, no Cartório do Sr José Cirilo, na Farmácia Belém e na Casa Inglesa.Experiências necessárias para os anos que seguiram.
Agradeço ao Senhor pelos 10 meses e 10 dias no Exército Brasileiro. Ainda hoje posso recordar.
Sou-Te grato por haver cantado no Coral da AD em S. Luís do Maranhão por alguns meses.
Agradeço a Deus por me haver dado aquela que veio a ser minha esposa, há 50 anos. Companheira de todos os momentos, intercessora exemplar, um bonito exemplo de fé, renuncia e companheirismo.
Ao chegar aos 70, agradeço pelos 50 de Ministério: primeiramente Evangelista, logo em seguida, Pastor.
Louvo-te, precioso Senhor, pelas almas que me deixaste ganhar para TI durante esse tempo, em meia centena de nações.
Sou muito grato a Deus pelas igrejas às quais servi, a princípio como líder de jovens e co-pastor, depois como titular: no Rio, em Minas, em Brasilia e no Recife.
Agradeço-te pelos 101 Seminários Nacionais de Evangelismo Pleno e pelas dezenas de Cruzadas aqui, ali e além.
Agradeço-Te pelos Diplomas de Cidadão Honorário, da Cidade e do Estado do Rio de Janeiro.
Credito inteiramente a TI, Mestre de Eterna Sabedoria, os diplomas de doutorado. Na verdade, não deveriam ser meus, porque sempre foram teus.
Graças Te dou, Senhor, pela singular oportunidade de haver anunciado Teu Grande Nome na promulgação da Constituinte brasileira.
Louvo-te por haveres me apontado para ministrar Tua rica Palavra no CELEBRANDO DEUS COM O PLANETA TERRA, para centenas de milhares de pessoas.
Rendo-Te graças pelos que levantaste como intercessores para que minhas frágeis mãos não perdessem a força.
Graças te dou por milhares de conhecidos, e também por alguns amigos, no quilate dos que mandaste Salomão definir:mais chegado que um irmão. Não são muitos, são o suificiente para me deixarem feliz.
Graças te dou pelos meus seis filhos, todos especiais para mim, todos mui queridos Teus, bem o sei.
Esses filhos me motivam, me inspiram, me estimulam e me entusiasmam. Graças a Ti, também, por meu genro, minhas noras e meus netos.
Pai, rendo-Te graças por me haveres permitido escrever 44 livros. Nem um só haveria escrito, sem Ti.
A vida passa rapidamente, disse Teu servo Moisés.
Quantos ainda venham a ser os anos que me restam, eu de Ti os receberei e a Ti os oferecerei, para que sejam vividos a ponto de neles ter algum prazer.
Pai, estas sete décadas escondem, também, uma vida de fragilidades e fraquezas, com muitos erros e grandes desacertos. Eu os deixo ao pé da Cruz, de onde brota o milagre do perdão e a esperança de contínua renovação.
A Ti seja a glória por todas as portas que me abriste ao longo destes anos. Que eu entre por todas as que ainda me abrirás, até que finalmente me abras a de Tua Própria Casa, a eterna mansão daqueles que por aqui passaram e experimentaram que
A VIDA PASSA RAPIDAMENTE. MAS TU PERMANECES PARA SEMPRE.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

PEQUENA REFLEXÃO SOBRE RM 13.11


Este versículo contém algumas advertências que são muito atuais e não podem ser esquecidas.
1. Conhecendo o tempo. Cada crente tem a obrigação de identificar o tempo em que estamos vivendo, tempo difícil, tempo perigoso, tempo cheio de sinais escatológicos, tempo que precede a volta triunfante do Senhor Jesus.

2. Já é hora de despertarmos do sono. A Bíblia menciona sono como um elemento necessário para a vida física de cada ser humaoa, mas também o apresenta como um perigo para a vida espiritual. O sono de Jonas anestesiou sua alma. O sono dos discípulos no jardim simboliza total ausência de vigilância. O sono de Êutico o levou à morte. Deus nos ajude a vencermos todo tipo de sono que atente contra nossa fé e nossa esperança no Senhor;

3. Nossa salvação está mais perto de nós. Os manuais de teologia ensinam que a salvação se desenvolve em 3 tempos: passado, presente e futuro. No passado, fomos justificados; atualmente somos santificados e futuramente seremos glorificados. Essa glorificação, que está associada ao Dia da redenção se aproxima, está a caminho, está mais perto de nós.

4. Do que quando aceitamos a fé. Aceitamos a fé é uma notável expressão paulina e corresponde ao momento em que recebemos a Cristo em nosso coração. O apóstolo Judas escreveu a respeito da fé que UMA VEZ foi entregue aos santos (Jd 3), ou seja, o dia em que abraçamos a Cristo como Salvador e Ele nos introduziu na grande família universal.
5. O relógio de Deus não para. Nossas atividades na Obra de Deus não podem cessar. Nossa comunhão com Deus não pode diminuir. Nosso amor não pode esfriar. Precisamos terminar o nosso combate. O Arrebatamento está às portas. Conheçamos que o tempo é chegado.

sábado, 3 de julho de 2010

A GLÓRIA DE PERDER E A TRAGÉDIA DE GANHAR


Quantos sejam os anos da vida de um ser humano, ela sempre se caracteriza por uma sucessão de ganhos e perdas.
Jesus estabeleceu princípios estranhos, porém sólidos e verdadeiros ao deixar claro que para ganhar é preciso perder.
Muitos vivem preocupados o tempo todo com a falsa glória de perder peso e a penosa tragédia de ganhar fama.
A perda de peso é falsa porque nada acrescenta ao caráter. O lucro da fama pode ser uma tragédia pelos inimigos que conquista e pelo mau uso das benesses por ela adquiridas.
Ganhar a salvação quase sempre significa perder amigos, mas estes são efêmeros enquanto aquela é eterna.
Quando Cristo nos ganhou, o Diabo nos perdeu.
Moisés perdeu o fausto do trono do Egito, mas ganhou a glória da comunhão com Deus no monte.
Abraão perdeu a estabilidade de Ur dos Caldeus, mas ganhou o status de peregrino de Adonai. Em Ur, vivia em esterilidade. Como peregrino, tornou-se pai de uma multidão de nações.
Muitos perdem a honra quando ganham muito dinheiro. Outros ganham reputação, quando perdem o temor de ser honrados.
Muitos perdem o tempo que não sabem aproveitar e ganham o prêmio da inatividade. Outros ganham o troféu de laboriosos, enquanto perdem o amor pela inércia.
Abrão perdeu o nome de mais alto, para ganhar o de mais amado. É melhor ser amado em baixo, que desprezado em cima.
Jacó perdeu o direito de andar totalmente ereto entre os homens, mas ganhou o privilégio de um novo nome, que o declarava príncipe de Deus. É melhor ter o defeito de Jacó que a beleza de Absalão.
Daniel perdeu o prazer de ricos banquetes, mas ganhou a bênção de interpretar sonhos do rei.
José perdeu a emoção de uma aventura rápida com a mulher de Potifar para ganhar a designação de Primeiro-Ministro da nação mais poderosa de seu tempo.
Esaú perdeu o respeito pela primogenitura para ganhar o título de leviano e fornicário.
João Batista considerou uma glória perder a cabeça física, para poder ganhar a aprovação da Cabeça Espiritual.
Ananias quis ganhar algumas cédulas que enriqueceriam seu patrimônio, mas perdeu a própria vida, sob o juízo de Deus.
Alguns perdem o respeito para ganhar posições. Outros perdem posições para ganhar o respeito.
Existem os que choram quando ganham, pois sabem que a vitória era de outros e os que se alegram quando perdem, pois perderam o que não deviam possuir.
Na contabilidade espiritual de Paulo, perder posições humanas era uma glória, enquanto ganhar almas era um privilégio.
Caro leitor, como estás no ganha-e-perde da vida?
Bem-aventurados os que se desvencilharam de tudo que ganharam erradamente.
Mais bem-aventurados ainda os que conseguiram recuperar tudo aquilo que jamais deveriam ter perdido.
O filho pródigo, longe de casa, experimentou a tragédia de ganhar amigos. Só quando vivenciou a glória de os perder, se sentiu realmente feliz.
O irmão do filho pródigo perdeu a alegria quando o viu ganhar a reconciliação.
Para aqueles que choram as muitas perdas de ontem, recordamos que elas serão superadas e esquecidas pelas vitórias de amanhã.
O cego de Jericó viveu a glória de “perder” sua capa, para não sentir a tragédia de ganhar a morte estando ainda cego.
Ganhar é uma tragédia quando está em jogo aquilo que não se deveria possuir. Perder é uma glória quando se trata daquilo que jamais se deveria obter.
Quando Jesus quis declarar que a tragédia de ganhar o mundo só pode ser evitada pelo desprezo à glória de ganhar o que ele oferece, Ele propôs uma questão, que nunca pode ser esquecida:
“De que aproveitaria ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma”?