MUI QUERIDA LUCIMAR
Sentes
hoje a dor que senti alguns anos atrás.
Sabes
hoje o que eu soube ontem:
Que
um pai não tem substituto.
Choras
agora como eu chorei antes.
Por
causa da minha, imagino agora o que a tua entristecida mãe
sentirá
nos próximos dias, meses e anos.
As
lágrimas da perda do amigo maior e melhor, dentre os mortais.
Mas,
também sei que tu e ela acolhem a esperança que minha mãe e eu nutrimos naquele
dia triste e nutriremos até aquela alvorada alegre, no grande Dia da
Ressurreição.
Ter
um pai é possuir alguém que guarda para nós a caixa de segredos de nossa longa
jornada: desde o dia do nascimento até o ocaso do sol da vida terrena.
Não
fosse a certeza de um reencontro amanhã,
Não
haveria consolo para a tristeza de hoje.
Ele
partiu em um dia que para ele foi um duplo sábado (shabath, descanso)
O
descanso da semana e o descanso da vida.
Um
sábado sem domingo terreno.
E
simultaneamente um sábado que durará
para
sempre.
Que
o consolo de Deus encha o teu coração e o do meu filho Jadhiel o suficiente
para ser superado este momento único.
PREZADA NORA
Nós,
os que ficamos, ainda sofreremos as atribulações que permeiam o mundo do lado
de cá,
Ele,
que partiu, já se integrou ao Paraíso,
antecâmara
da eternidade,
sala
de espera do Palácio real,
lugar
de delícias infinitas.
Nenhum
filho sabe a distância que separa duas mortes: a do pai amado e a sua,
mas por causa da confiança que há em Cristo,
O
coração suspende o soluço da dor
Para
entoar um canto de esperança, que somente os salvos são capazes de expressar,
entre um soluço e outro:
Pai Anoel, estaremos juntos...
...quando
AMANHECER.
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