Meu nobre amigo Beneilton Sandro (SP) enviou-me a noticia que segue, com a informaçao de que foi colhida do ESTADÃO, 19/10/2010.
Transcrevo-a integralmente.
A Autoridade de Antiguidades de Israel e o Google anunciaram nesta terça-feira, 19, que um projeto para disponibilizar online os antigos Manuscritos do Mar Morto, permitindo pela primeira vez o acesso de acadêmicos e do público em geral.
O projeto vai garantir acesso livre e gratuito aos textos com mais 2 mil anos de idade — considerados uma das maiores descobertas arqueológicas do último século — , que serão digitalizados e reproduzidos na internet em imagens de alta resolução dos originais. As primeiras imagens serão publicadas nos próximos meses.
Os manuscritos estarão disponíveis nos idiomas originais (hebraico, aramaico e grego) e na tradução em inglês num primeiro momento. Eventualmente, traduções em outros idiomas e o sistemda do Google Translate serão incorporados. Também haverá um mecanismo de busca dentro dos textos antigos.
A representante do órgão de preservação cultural de Israel, Pnina Shor, disse nesta terça-feira, 19, que o projeto vai assegurar a preservação dos 30 mil fragmentos dos manuscritos ao mesmo tempo que aumentará o acesso a este artefato de valor inestimável. Os manuscritos, que incluem trechos da Bíblia Hebraica e tratados sobre a vida comunitária e a guerra do apocalipse, permitiram ampliar o conhecimento sobre a história do Judaísmo e as origens do Cristianismo.
“Qualquer pessoa em seu escritório ou em seu sofá poderá ver os fragmentos ou os manuscritos com um clique”, ela disse.
Especialistas têm reclamado que só um pequeno número de acadêmicos recebem permissão para ter acesso aos manuscritos encontrados em uma caverna perto do Mar Morto nos anos 1940.
Os delicados manuscritos são mantidos no escuro, em salas com temperaturas controladas no Museu de Israel, em Jerusalém, onde somente quatro funcionários treinados têm permissão de manipular os pergaminhos e os documentos de papiro. A exposição à luz pode causar danos.
Shor disse que acadêmicos têm de programar visitas com o órgão, que recebe um pedido por mês. A maior parte recebe a autorização, mas não mais que duas pessoas podem usar a sala de visitação por vez, o que gera conflitos de agenda.
Os pesquisadores têm no máximo três horas para fazer a observação, e apenas o fragmento pedido pode ser visto durante uma visita.
Nos últimos 18 anos, os fragmentos dos manuscritos têm sido expostos em museus ao redor do mundo. A cada exposição, eles têm de ser transportados com cuidados rigorosos. Shor disse que uma exposição típica de 3 meses nos EUA atrai por volta de 250 mil pessoas.
Yossi Matias, um porta voz do Google em Israel, disse que a digitalização faz parte de uma tentativa maior de “quebrar as barreiras” e promover a “disseminação e a preservação da herança cultural e global”. Matias disse que o Google têm trabalhado com universidades europeias e com o museu nacional do Iraque para publicar outros textos antigos na internet, mas os Manuscritos do Mar Morto atraem um público maior.
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