O crescimento
da Igreja Evangélica Brasileira é um fato indiscutível.
Chega a perturbar alguns setores
sócio-político-religiosos de nossa Nação.
Mas, quando recordo os idos dos anos 50 e os
comparo com o que acontece hoje, posso constatar quão profundas foram as
mudanças. Tempos de Avivamento, que se foram!
Houve uma longa época em que os pastores
eram tão poucos que algumas congregações interioranas chegavam a passar meses
sem receber a visita de um.
Hoje são tantos que as tribunas passaram a
ficar em baixo, tal a quantidade abusiva e estonteante de “reverendos”.
Isso sem precisar falar dos que se tornaram
senhores feudais ao invés de despenseiros-apascentadores. Isto não é prova de
Avivamento.
Naquela época as divisões eram muito
escassas e as opções dos membros, de escaparem para outros apriscos, eram pouquíssimas.
Nalgumas cidades não havia mais que 3
igrejas, sendo uma, quase sempre Assembleia de Deus e as outras duas, igrejas
tradicionais.
Com o advento do neo-pentecostalismo
alterações estruturais passaram a acontecer.
Hoje as igrejas são contadas aos milhares e
os seus membros, aos milhões. Uma igreja para cada quarteirão, como média
modesta. Nalguns casos, 5 ou mesmo 10.
Algumas dessas comunidades são muito mais
aquários que apriscos. Por não terem graça para ganhar almas, muitos de seus
líderes se especializam em cuidar de aquários. Um sinal de que não existe mais Avivamento.
Alguns anos atrás havia um pastor para cada
400 membros. Hoje, em alguns lugares, um para cada 10. Sinal das cinzas do
Avivamento.
O crescimento espantoso das igrejas seria
por si só um motivo para celebrações espetaculares de gratidão a Deus pelo
grande avivamento brasileiro.
Mas, nem tudo é Avivamento.
Existem as igrejas que insistem em dizer ao
povo que não precisa sofrer. Isto não é Avivamento.
Outras há que mesclaram todos os tipos de
música e formalizaram uma babel de “louvores”, numa horizontalidade mórbida que
assassinou o sacro e entronizou o profano. Isto não pode ser Avivamento.
Algumas comunidades usam práticas conhecidas
há séculos dos povos fetichistas e, mais recentemente, dos terreiros de macumba
que inundam os grandes (e pequenos) centros de nossa Pátria.Os que de lá saíram
bem ä vontade se sentem. Isto nada tem a ver com Avivamento.
O
evangelismo de rua está sendo substituído pelos “blocos gospel”que assinalam
sua presença em parceria com o carnaval das multidões, sustentado pelo Poder
Público. Nem preciso dizer que essa anomalia não merece o nome de Avivamento.
Andam dizendo por aí que aproximadamente um
quinto das igrejas existentes hoje não nasceram,
nem foram fundadas. São apenas
fruto de rebeliões, divisões e separações traumáticas. Brasas? Não! Cinzas, com
certeza.
Em muitos púlpitos arrependimento, confissão
de pecados e juízo vindouro foram eliminados do vocabulário homilético e
pertencem a um remoto passado. Aliás, a época de Avivamento, como diria Finney.
Os cultos de vigília, uma das forças
motrizes da Igreja dos anos 50-80 foi
definitivamente substituído por “shows” que usam o mesmo nome, mas não seguem o
mesmo roteiro de fé, santidade e busca a Deus, como no passado. São “vigílias” aonde
não vão os que desejam o batismo com o Espírito Santo, pois os espaços estão
ocupados pelos insaciáveis e assobiadores “fãs” de cantores e pregadores, pagos
a peso de ouro e tratados como celebridades, etc., etc. O avivamento passa
longe dessas cinzas, algumas das quais já foram brasas.
Nem preciso falar dos cultos sem Palavra,
que eram desconhecidos no tempo de Paulo, uma excentricidade no tempo de
Spurgeon e uma rotina nas duas décadas passadas. Brasas ou cinzas?
Existem os pregadores que não tomam tempo
para fazer convites para salvação e muito menos orações para cura de enfermos
porque, segundo eles próprios, “isto não dá IBOPE”.
No tempo dos apóstolos os frequentadores dos
cultos sagrados eram chamados de varões
irmãos. Hoje, são saudados como galera
de Jesus. Brasas ou cinzas?
Por toda parte surgem pregadores que se
autodenominam de profetas, simplesmente
esquecidos do exemplo do grande e último profeta da Antiga Aliança, que se
comprazia em ser reconhecido apenas como a
voz do que clama no deserto. Só que no tempo de João houve Avivamento.
Dois grandes problemas nos ameaçam
atualmente, os quais merecem especial destaque:
Um, a louca corrida pela fama, pelo dinheiro
e pela ostentação que brutalmente está sendo desenvolvida, e que está
escandalizando gregos e troianos. Como
suplemento dessa maratona materialista e vil, uns e outros se atropelam, se
xingam, se denunciam, se acusam, se defendem e fazem do Evangelho um triste
espetáculo. Foi-se o Avivamento, com os grandes golpes da foice do materialismo
vil e brutal.
Outro, o não menos macabro espetáculo de uma
vasta brigada de informantes, que se
comprazem em tornar públicas as mazelas acima referidas.
Alguns idiotas espirituais se sentenm realizados
enchendo as páginas virtuais das grandes e pequenas redes sociais, insistindo
com a divulgação das desgraças que
ocorrem, não no interior das celas do reino de Satanás, mas dentro mesmo dos
templos sagrados e, notadamente, nos estúdios de televisão.
Estamos no momento certo de recordar o que
Jesus disse a respeito dos que promovem escândalos. Mateus 18.7.
Se não houver
arrependimento e recuo, haverá punição da parte do Dono da Igreja.
Os mais tristes momentos de Israel não foram
os de escravidão no Egito. Foram os de apostasia, quando houve a pior de todas
as experiências: o afastamento de Deus.
O dinheiro que deveria estar sustentando
milhares de missionários ao redor do Mundo parece estar sendo canalizando para
objetivos outros, na contra-mão do Avivamento e da Evangelização.
Ou a
Igreja como um todo desperta – ou daqui a pouco será tarde demais.
Pior do que sofrer debaixo de um regime político
autoritário e de repressão é sentir a torturante ausência da presença do
Senhor, do Seu aval aos nossos projetos e do Seu apoio ao nosso serviço.
Antes que seja tarde demais, que o povo de
Deus abandone de vez a miserável prática de acompanhar apaixonadamente os
bigbrothers da vida.
Que os santos cessem de aplaudir os ímpios,
mesmo os rotulados de celebridade.
Que os cantores deixem de ser estrelas hoje,
para não perderem o brilho do Sol da justiça amanhã. Que os pregadores não
atuem como pequenos reis, para evitar que amanhã venham a ser tratados por Deus
como indignos vassalos.
Por toda parte encontro pastores indignados
com pregadores que receberam sua oferta antecipadamente, não atenderam o
compromisso agendado e nem a devolveram.
Por toda parte encontro pastores indignados
com cantores que lhes pediram dez mil reais para cantarem dois hinos em uma
única reunião. Talvez se inspirem no exemplo dos que compram tesouros com
ofertas “para promover a Obra de
Deus”. Em todos esses casos, os personagens confundiram Avivamento com Abominação.
Troquemos as cinzas pelas brasas.
Ainda existe tempo e oportunidade para um
verdadeiro Avivamento no Brasil. Mas é um tempo curto e uma oportunidade
rápida.
Se você sente o mesmo que eu, divulgue esta
mensagem, sem qualquer receio.
Se o assunto que aqui abordei não o (a)
incomoda, deixe tudo como está e aguarde mais um pouco para ver a grande
diferença entre as brasas de um Avivamento que É e as cinzas de um que já FOI.
Como sugestão, recomendo a releitura de Joel
capítulo 2.
A VITÓRIA É NOSSA – PELO SANGUE DE JESUS
Sinta-se meu convidado para
participar do I SENAPEV – SEMINÁRIO NACIONAL PARA PREGADORES DO EVANGELHO.
Acesse vvv.gezielgomes.com e conheça os detalhes. Ou ligue para (19)8230-0006
em horário comercial