Eles podem ser mencionados como três personagens que fizeram história.
O primeiro deixou esta vida há 29 anos. O segundo, há dois milênios. O terceiro acaba de ir, aos 50 anos de idade.
Segundo o noticiário que acaba de circular, um dos assessores declarou que ele ultimamente estava praticando sua autodestruição.
O primeiro viveu sua infância assistindo a Escola Dominical e aprendeu muito a respeito do plano da salvação e da necessidade de viver para Deus.
Alcançou fama, riqueza e grande projeção nos meios artísticos, tal como o terceiro. Foi cognominado de rei do rock. O terceiro foi chamado de rei do pop.
Ambos, porém, se embriagaram torpemente diante dessa auréola de fama e de conceito mundial e descambaram para uma vida sem Deus, sem santidade e sem paz.
O terceiro chegou a possuir considerável fortuna, estimada em milhões de dólares. Jovem, não teve sabedoria para construir sua própria vida sobre a Rocha e encheu seu currículo de ações as mais distintas. Fantasiosas, a princípio. Reprováveis, depois. Vergonhosas, por último.
O segundo nasceu em uma manjedoura, morreu em uma cruz aos trinta e três anos e jamais se envolveu com o pecado.
Enquanto o primeiro e o terceiro conduziram milhões, especialmente jovens, ao delírio inconsequente, à superficialidade de vida e ao prazer no pecado, o segundo amou, perdoou, abençoou, libertou e curou a todos quantos dele se aproximaram.
A imprensa noticiou a respeito do terceiro que ele investiu milhões para alterar a cor da epiderme, bem como gastou outros milhões para defender-se de um processo em que era acusado de pedofilia. E assim por diante.
Enquanto o inferno se abriu para receber os dois das extremidades, o Céu se engalanou ainda mais para receber o segundo, porque de lá viera e para lá estava voltando.
Por que nesta crônica Ele ocupa o segundo lugar?
Porque assim é mencionado quando nos referimos à Trindade. Melhor dizendo, porque seu verdadeiro lugar é no meio.
No meio dos discípulos, no meio da Igreja, no meio dos castiçais.
Até para morrer, escolheu o centro.
Ele é o centro que os dois rejeitaram, embora dele tivessem ouvido falar vezes sem conta. Por essa rejeição, existirão eternamente ao lado de seus fãs. JC viverá para sempre no Céu, rodeado e aclamado por seus adoradores.
O tempo esquecerá o terceiro, como já esqueceu bastante o primeiro.
O segundo, todavia, será cada vez mais amado, mais lembrado, mais exaltado, mais reverenciado e mais adorado. Agora e na Eternidade.
Uma diferença crucial é que somente o segundo merece ser imitado.
Na eternidade, EP e MJ lamentarão para sempre o erro imperdoável de haverem trocado o permanente pelo passageiro, a vida pela morte, o santo pelo profano, o céu pelo inferno, Deus por Satanás.
Lá, o eco dos aplausos que receberam na Terra somente aumentará sua dor e multiplicará sua agonia, visto que com seu talento jamais tiraram uma só alma do desespero, jamais apontaram para uma única pessoa o caminho do Céu.
As multidões que encheram as ruas para chorar o primeiro certamente chorarão outra vez para lamentar a ausência do terceiro.
Quanto ao segundo, que na verdade é o PRIMEIRO entre tudo e todos, as multidões se alegram hoje e se alegrarão para todo o sempre com a eternidade de sua vida, com a sublimidade de seu amor, com a majestade de sua graça e com a santidade de seu exemplo.
Fique bem claro que não tenho, nestas linhas, a pretensão de desonrar a memória de quem quer que seja. Desejo, tão somente, exaltar a Pessoa de Cristo e realça Sua sublimidade diante de todos os seres humanos.
Quando pensarmos nos dois pensaremos na inimaginável profundidade das regiões para onde foram levados.
Sempre que pensamos em Jesus Cristo, regozijamo-nos pelas alturas gloriosas onde está o Seu Trono e de onde continuará a reinar sobre todo o Universo. Ele foi, é e será o Rei dos reis.
Para sempre e sempre.