quarta-feira, 16 de novembro de 2011

ACHASTE MEL? COME O QUE TE BASTA



                                                        Provérbios 25.16
É imperioso reconhecer que sempre houve excessos no Movimento Pentecostal. Toda obra de Deus é pura, mas quando seres humanos a cultivam ou administram, pode sofrer ranhuras e receber nódoas, por causa da fragilidade humana..
Salomão aconselha as pessoas que se deparam com um bocado de mel a que sejam sóbrias. Que comam apenas o que lhes basta. Que se sirvam apenas do que lhes é suficiente. Para que não tenham que vomitar, pois assim nada se aproveitará do que houvessem comido..
O Movimento Pentecostal, como um agir sobrenatural e efetivo de Deus no seio de Sua Igreja, é um preciosíssimo favo de mel, o verdadeiro mel da Rocha.
Comer demais desse mel induz e conduz qualquer cristão ao fanatismo. O equilíbrio é tão importante quanto a bênção de Deus que o precede. Ambos são inseparáveis.
Desde o falar em línguas em hora imprópria, ao profetizar durante o momento da pregação, existem situações delicadas que precisam ser corrigidas, disciplinadas e administradas.
É sabido que alguns se deixaram dominar pelas emoções e para elas o agira de Deus se tornou uma inutilidade.
Em Sua sabedoria infinita o mesmo Espírito que atua na realização de obras miraculosas também cuida de oferecer sabedoria aos filhos de Deus. A fé não suprime o bom senso. O poder não anula a prudência.
Dito isto, reporto-me agora ao perigo de exorcizarmos a essência, quando apenas deveríamos ajudar a eliminar os excessos.
Se cair na presença de Deus é obra de demônios, quem realmente está com o controle do Rebanho de Cristo?
Se cair na presença de Deus é um teatro de satanás, por que motivo teria Deus permitido que o Inferno presidisse a sessão de inauguração do monumental templo, em Jerusalém? Naquela ocasião os sacerdotes não conseguiram se manter de pé.
Teria sido Daniel ao mesmo tempo um homem mui desejado por Deus e um agente de Satanás? Imaginem uma câmera registrando a postura inadequada do profeta. Quem conhece a Bíblia, sabe a que me refiro.
Se o espetáculo do Dia de Pentecoste houvesse sido filmado, certamente domingo passado (13/11) o mundo teria assistido esse vídeo dito e tido por satânico.
Os repórteres que estão a serviço da Central de Blasfêmias receberam a pejorativa missão de documentar o pouco joio que se imiscuiu no meio do exuberante trigal. Só que ninguém lhes disse que o pecado de cometer escândalos é irmão gêmeo do pecado de torná-los públicos, pois ambos representam uma tentativa de desestabilizar o verdadeiro Reino de Deus.
Deus vai continuar a trabalhar. Ele não se abala jamais. Os fiéis vão continuar a buscar o poder que transforma, a unção que revitaliza, a glória que sustenta e a autoridade que desmascara o Inimigo.
O mais lamentável de tudo, todavia, é que os atiradores não surgiram dos arraiais dos filisteus ou dos amalequitas. Eles estão diuturnamente portando a mesma Bíblia, aparentemente pregando o mesmo Evangelho. Embora sempre isolados, como se os melhores fossem.
Razões ocultas sempre haverá para as guerras entre irmãos. O único problema é que existe um limite para a ação desses guerreiros ao avesso.
Enquanto os projéteis atingirem apenas as ovelhas, haverá tolerância e longanimidade.
No entanto, no dia em que certas ações ultrapassarem a fronteira e penetrarem na zona de blasfêmias contra o Espírito Santo, diz a Escritura que não haverá perdão. Nem neste século, nem no vindouro.
Continuemos a comer mel, mas sejamos vigilantes. Muitas pessoas enfraquecidas praticamente ressuscitaram por haver comido mel.
Outras se sentiam muito fortes e porque abusaram de comer o mel, morreram. E morreram para sempre.
Outras, por sua vez, depois que haverem comido desse mel e haverem vomitado,  recolheram esse vômito e o lançam em fortes jatos contra o povo simples e bom, santo e fiel, que serve ao Senhor de todo o coração.
A Noiva está sendo ultrajada, mas não perdeu sua honra. Nem a bênção daquele que a comprou com Seu precioso sangue.
O Pentecostalismo verdadeiro resistirá a todos os ataques. Ao invés de sucumbir diante do escandaloso arsenal lançado contra ele, dele se servirá para aparar algumas arestas, para unir ainda mais suas lideranças e para se aproximar ainda mais daquele que é General dos generais, Rei dos reis e Senhor dos senhores.
A Ele glória e louvor, pelos séculos dos séculos.