segunda-feira, 31 de maio de 2010

QUE VOCË FARIA EM IGUAL SITUAÇÃO?

Várias pessoas amigas contataram comigo nos últimos tempos para informar que determinada pessoa ousada e abusivamente introduziu na Internet um site com o men nome, sem minha autorização e que NADA tem a ver comigo.
Além de o fazer indevidamente, a pessoa encheu o site de toda sorte de propaganda relacionada com várias dimensões e área do mundo evangélico.
É incrível notar como pessoas perderam totalmente o caráter e usam expedientes deste jaez.
Nada há meu nesse site. Meu nome somente é citado na URL para despertar a atenção e levar as pessoas a o acessarem. Depois que o fazem, percebem que cairam no logro e são conduzidas a muitas faixas de propaganda.
Isto é antiético, imoral, desleal, desumano, hipócrita, vergonhoso e, naturalmente, criminoso.
Quem estará por trás dessa desavergonhada atitude? Quem será esse moderno pirata, esse fariseu anônimo, esse traidor da honra do Evangelho?
Tudo que ouvi dizer até agora é que provavelmente procede de Belo Horizonte.
Ele - ou ela - se aproveitou do fato de eu usar em meu site oficial a palavra pastor abreviadamente, para estabelecer por extenso um negócio lucrativo sob o manto da pirataria.
Depois de acompanhar essa barbaridade, estou inclinado a tomar as providëncias cabíveis.
Que faria você, dileto e fiel leitor?

sexta-feira, 28 de maio de 2010

GRANDES COISAS FEZ O SENHOR

O Senhor continua a fazer grandes coisas, pelo que jamais deixaremos de Lhe agradecer.

No dia 16 visitei a AD na cidade de Sorocaba. Foi um prazer rever o pastor Osmar. Graças a Deus pelas preciosas almas que se decidiram por Cristo naquela noite.

No domingo, dia 23/6, Deus me concedeu a oportunidade de voltar a estar em Manaus. Participei da inauguração do novo Auditório Canaã, com capacidade para 10.000 pessoas. Estava totalmente lotado.O Pr Jônatas Câmara está sendo usado por Deus para obras incomuns, na Capital do Amazonas.

Naquela noite o Senhor houve por bem mover 227 pessoas, as quais vieram a Cristo para salvação e reconciliação.

Na terça-feira foi inaugurada a Congregação da Igreja Canaã em Águas Claras. Foi, também, uma preciosa reunião.

Quinta e sexta participei da Semana de Pentecostes, no Ministério da Fé, em Taguatinga, DF. Graças a Deus pelas 24 pessoas que retornaram ao Lar na sexta.
Domingo, com a permissão de Deus, visitarei a AD em Santo André, SP.

ATÉ AQUI NOS AJUDOU O Senhor.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

SINAIS DOS TEMPOS

Cerca de 3.000 pessoas explodiram em longos aplausos ao participarem da cerimônia de ordenação ao ministério de duas mulheres, sendo uma delas declaradamente homossexual.
O evento aconteceu no Long Beach Arena (USA), sete anos depois que a Igreja Episcopal ordenou o primeiro bispo em igual circunstância.
A mulher que foi ordenada ao bispado chama-se Mary Glasspool e é da cidade americana de Baltimore.
A Igreja Episcopal americana é um braço da Igreja Anglicana inglesa. Por causa dessas atitudes, um grande grupo de ministros contrários se desligou e formou a Igreja Anglicana nos Estados Unidos.
Em julho de 2009, a Convenção Geral Episcopal Americana informou que padres homossexuais e lésbicas eram considerados agora elegíveis para se tornarem bispos.

quinta-feira, 20 de maio de 2010

ENTRE ASPAS (2)

Recebi, via e-mail, de uma pessoa muito querida, que vive nos Estados Unidos, o texto que transwcrevo a seguir.

A Força da Ignorância
(ou: socorro, não agüento mais cantar corinhos!)



(Preparado pelo Pr. Isaltino Gomes Coelho Filho para o Encontro de Músicos, na PIB de Manaus)

Vivemos mesmo numa época de ignorância, de obscuridade intelectual e de irracionalismo. Infelizmente, a ignorância tem se tornando jóia cultivada neste país, e os mais pensantes são cada vez mais postos de lado.



Quando um político de expressão nacional diz que livro é como academia de ginástica: a gente olha e foge, é porque a coisa ficou feia mesmo. O pior é que a ignorância é cultivada com arrogância. Parece que quanto mais ignorante, mais digno de crédito. E a espiritualidade evangélica tem se distanciado do pensar, que tem sido cada vez mais visto como ato carnal, quando não diabólico. A ignorância está em alta. Está difícil ser evangélico, também, hoje, a quem é pensante.


Ouvi no noticiário televisivo: um rapaz de vinte e poucos anos, gaúcho, estudante de Teologia na Bolívia, desapareceu nos Andes, quando fora escalar uma montanha de 6.300 metros. O rapaz não tem experiência alguma de alpinista, e ainda assim foi sozinho porque, segundo a mãe, queria ter uma experiência com o Espírito Santo, queria encontrar o Espírito Santo. Como achou que ele é boliviano e mora nos Andes foi fazer a escalada.


Com todo respeito: o que leva a uma pessoa a sair do Rio Grande do Sul onde há bons seminários, passando pelo Paraná, onde também os há, e ir estudar Teologia na Bolívia? Respeitosamente: desde quando a Bolívia tem expressão em ensino teológico? Este jovem não tinha um pastor que o orientasse? E o que leva alguém, sem experiência alguma, a escalar sozinho uma montanha de 6.300 metros para encontrar o Espírito Santo? De onde lhe veio a idéia de que numa montanha encontraria o Espírito? E como convertido e aparentemente vocacionado, ainda não encontrara o Espírito? O que ensinaram a este jovem na igreja e depois no seminário? Sei que a família está sofrendo e que é hora de consolar, mas não posso deixar de dizer: quanta gente tonta, sem noção das coisas, e usando a espiritualidade como pretexto para a falta de juízo! Mas isto é reflexo do cristianismo que pregamos e cantamos hoje em dia. Cantamos autênticos absurdos teológicos e que se chocam contra a Bíblia, e ficamos por isto mesmo. As pessoas não pensam no que cantam, mas se apenas o ritmo é bom, agitado e as faz sentirem-se bem.


Temos um cristianismo cada vez mais sem Cristo, e cada vez mais com o Espírito Santo, sendo que por Espírito Santo as pessoas entendem uma experiência extra-sensorial. Porque uma experiência com o Espírito aproxima mais de Cristo, pois esta é sua missão.



O evangelho está se tornando um ajuntamento de sentimentos, sensações, experiências místicas. Culpo um púlpito que não é exegético e corinhos ingênuos e até tolos. Os muitos corinhos que enxameiam nossa liturgia nos fazem cantar tantas inconveniências que fico abismado que pessoas razoavelmente lúcidas em sua vida secular cantem aquelas letras. Boa parte delas é confusa, sendo difícil ligar uma linha à outra. Pessoas que são professores cantam tantos erros de português, em que “tua” e “sua”, que são pessoas diferentes, se misturam e por vezes nem se sabe quando se fala de Deus ou de alguma outra pessoa. Raramente se fala de Jesus, e quando se fala dá para notar que Jesus é cada vez mais um conceito para dentro qual as pessoas projetam seus sonhos de consumo ou de classe média, que o Redentor e Salvador. A linguagem é horrorosa: mergulhar nos teus rios, beber nos teus rios, voar nas asas do Espírito, subir o monte de Sião, estar apaixonado por Jesus, subir acima dos querubins, uma série de expressões que não fazem sentido algum.



Mas os compositores estão acima da crítica, mesmo quando fazem coisas ridículas, como andar de quatro em público. E quem canta os tais corinhos se sente bem. E também não aceita correção. Quem tenta corrigi-los em suas heresias e tolices é vaidoso, carnal, fossilizado, etc. O que vale não é se o que se canta é certo, mas se faz bem. As pessoas querem se sentir bem e ter alguma experiência. O conteúdo do que se canta é irrelevante.



Sendo honesto: não agüento mais cantar corinhos! Chamem-me de vaidoso ou pernóstico, que não fará diferença, mas a maior parte dos corinhos, mesmo que na nova semântica se chamem pomposamente de louvor, é uma ofensa a quem sabe ler e interpretar um texto e tem uma noção mínima de conteúdo da Bíblia.



“Eu tenho a força”, bradava He-Man. Uma força mística, não divina, mas uma energia cósmica. Parece-me que é essa força espiritual que as pessoas buscam. Eles não querem aprofundamento no evangelho nem estudar a Bíblia. Eles querem sensações e experimentar uma força. O evangelho está se diluindo no esoterismo que grassa no mundo atual.



Esta é uma palavra especial aos pastores e ministros de música, que julgo eu, são as pessoas mais responsáveis pelo que acontece e que podem mudar a situação. Quero alinhavar algumas sugestões e lhes peço, respeitosamente, que pensem nelas.

1. FUJAM DO COPISMO
Chacrinha dizia que “na televisão nada se cria, tudo se copia”. No cenário evangélico também. Há uma usina produtora de corinhos, de forma comercial, que massifica nossas igrejas. Nossos jovens cantam as mesmas coisas vazias em todos os lugares. Em várias igrejas se vê a mesma deselegância de adolescentes robustas, saltitando, num monte de véus, no que pretende ser uma coreografia, mas que mostra gestos descoordenados e deselegantes. Chega a ser triste de ver as pessoas saltitando sem habilidade e com uns gestos que nada têm a ver com o ritmo da música. E a gente fica sem saber o que fazer: se olha as jovens pulando, se pensa no que está cantando, se nota as figuras do multimídia, ou os erros de português das letras, ou ainda o embevecimento do chamado “grupo de louvor”, que volta atrás, repete uma estrofe (quando há estrofe), tremelica a voz, faz ar de quem está sentindo dor.



Mas é o padrão na maior parte das igrejas. Parece um shiboleth. Quem não faz assim corre risco de ser execrado. Porque os detentores da verdade litúrgica inovadora são fundamentalistas: fora do modelo deles não há louvor nem espiritualidade.



Mas eu pergunto: é preciso fazer tudo igual? Convencionou-se que sim, porque ser antiquado é uma ofensa inominável. E para alguns, fora do padrão corinhos e danças tudo é velharia e não há espiritualidade.



Se você é líder e não concorda, diga que não concorda. Não ceda por medo. Há pastores que têm medo de perder o pastorado e cedem a direção do culto aos jovens. Eles cantam, cantam, e depois se sentam e se desligam do resto da atividade, quando não saem do templo. Há um descompasso entre o que se cantou e o que se prega. Porque se canta um evangelho muito diluído. Há pastores que têm medo de perder o rebanho, massificado por este padrão, e o usam. Tenho ido a igrejas em que pastores ficam alheios aos corinhos (recuso-me a chamá-los de “louvor”), mas dizem-me candidamente: “Eu não gosto, mas o pessoal gosta”. Ele deixa de ser o orientador do povo e passa a ser um garçom que serve o que o povo gosta.



Ministro de música também age assim. E também está errado. Se estudou música e passou por um seminário deve ter uma proposta de liturgia menos medíocre e que atenda a todas as faixas etárias da igreja. É sua responsabilidade. Nossos cultos estão sendo empobrecidos pelos corinhos. A música é de baixa qualidade e as letras são aguadas. Os corinhos são cada vez mais efêmeros. Ministro de música, não copie a pobreza musical e intelectual dos corinhos. Pensar não é pecado. E ser inteligente também não é. Se os “levitas” podem discordar dos que chamam depreciativamente de “conservadores”, por que nós, conservadores, não podemos discordar dos “mediocrizadores” da música evangélica?

2. O QUE A BÍBLIA DIZ?
Tudo na igreja deve ser submetido ao crivo da Bíblia, inclusive o que se canta. Os compositores não estão escrevendo uma nova revelação e estão sujeitos ao crivo da Bíblia. Devem ser humildes e não pensarem de si como oráculos de Iahweh. Quem queira subir o monte santo de Sião deve ler Hebreus 12.22-29 e ver que ele é um símbolo do evangelho, da igreja de Deus, e que cada crente já está nele. O monte Sião não tem nada para nós. Quem queira subir acima dos querubins deve ler Isaías 14 e verificar que alguém quis fazer isto no passado e foi expulso do céu. Quem cante “Quero ver a tua face, quero te tocar”, deve se lembrar que Deus disse a Moisés: “Não me poderás ver a face, porquanto homem nenhum verá a minha face, e viverá” (Êx 33.20).


As primeiras declarações de fé da igreja foram expressas em cânticos. Muitas afirmações litúrgicas do Novo Testamento foram expressões teológicas que firmaram os cristãos. Lutero firmou a Reforma com suas pregações, seus escritos, mas muito mais com seus cânticos. São cânticos que ficam na mente e muita gente está subindo o monte porque canta isto. A igreja precisa cantar sua fé e sua fé está na Bíblia. Toda letra de cântico deve ser submetida ao crivo bíblico. O certo não é o que a pessoa sente nem se o que ela canta lhe faz bem. O certo é o que está de acordo com a Bíblia.



O conteúdo do evangelho foi muito definido: Cristo crucificado. Mas pouco se cantam Cristo e a sua cruz. Precisamos cantar o ensino da Bíblia. “Doce canto vem no ar com a primavera, Flores lindas vão chegar com a primavera, Lírios, dálias e alecrins, Violetas e jasmins, O sol vai brilhar, passarinhos vão cantar, Com a primavera”. O que isto tem a ver com Cristo, com a salvação, com a segurança dos salvos?



Temos abandonado a Bíblia como fonte de doutrina, trocando-a por revelações e sonhos de gurus. Temo-la abandonado como inspiradora de modelo gerencial para a igreja, assumindo padrões de administração humana. Muita pregação, mesmo com ela sendo lido, é apenas emissão de conceitos culturais, e sendo ela mero pretexto para o discurso. E temo-la deixado de lado como balizadora do que cantamos. A função do cântico não é distrair as pessoas nem fazê-las sentir-se bem no culto, mas ensinar as grandes verdades de Deus. O culto deve ser doutrinador, sim.



Preguei num congresso de jovens em Manaus, e deselegantemente, o dirigente tomou a palavra após minha fala e disse: “Não me interesso por doutrina, e sim por Jesus”. Pedi o microfone de volta e fiz uma pergunta: “Sem doutrina, que Jesus você tem?”.



Com nossos cânticos atuais, não temos Jesus. Em muitos deles temos um espírito de grupo, uma cultura grupal ou um Espírito que mais se parece com a Força de He-Man que com o Espírito Santo. É preciso subordinar tudo ao crivo da Bíblia. O evangelho está se tornando cada vez menos bíblico e mais sentimental. Porque está faltando Bíblia.

3. NÃO DESPREZE SUA HERANÇA TEOLÓGICA E LITÚRGICA
O terceiro aspecto que abordo é este: não despreze sua herança teológica e litúrgica. Há uma tradição que engessa e que fossiliza. Mas há uma tradição que enriquece e que dá balizamento. O evangelho não começou agora. A igreja não surgiu há alguns poucos anos. Os momentos de louvor e adoração não foram criados agora. Muitos deles, no passado, deixaram marcas profundas de avivamentos que impactaram a sociedade.


Até agora caí de tacape e borduna nos corinhos, sem abrir espaço para reconhecer que alguns sejam bons. Foi de propósito. Creio que consegui um pouco de atenção. Creio que há cânticos bons e que trazem conceitos espirituais seguros. São coerentes, biblicamente falando. E respeitam a herança teológica do protestantismo. Porque este critério também tem valor: os cânticos estão reafirmando nossa fé ou modificando a nossa fé? Infelizmente, a maioria me deixa desconfortado: não os canto porque não expressam minha fé, a fé em que fui criado, a “bendita fé de nossos pais”, como diz um hino.


Nós temos um passado e não podemos fugir dele. A ignorância do passado leva a cometer os mesmos erros cometidos. Houve uma longa luta para firmar o cânon do Novo Testamento, e precisamos lembrar que é ele que interpreta o Antigo. Muita gente tem cantado o Antigo Testamento, mas nós somos cristãos. Nós cantamos a fé em Cristo. Se o Antigo Testamento é pregado, deve ser interpretado pelo Novo. Se o Antigo é cantado, deve ser interpretado pelo Novo. Estão querendo rejudaizar o evangelho, questão que a igreja já resolvera em Atos 15 e contra a qual Paulo escreveu a sua mais dura carta, a epístola aos gálatas. Somos filhos do Novo Testamento, e não do Antigo. Somos filhos dos evangelhos e das epístolas, e não de Salmos, embora Jesus os usasse. Mas seu próprio jeito de usar os salmos nos orienta: ele os reinterpretou em sua pessoa. Cantemos Jesus, cantemos a fé cristã e não meras sensações, cantemos a cruz, o túmulo vazio, o perdão dos pecados. Cantemos a Igreja, e não Israel. Somos cristãos e não judeus. Cantemos que “a cruz ainda firme está e para sempre ficará”.



Somos salvos pela graça por meio da fé em Cristo. Não somos salvos pelo Espírito Santo nem por uma experiência litúrgica. O Espírito é uma pessoa e não sensações: “O Espírito Santo se move em você com gemidos inexprimíveis” é algo sem sentido. Ele geme por nós, em oração, com gemidos inexprimíveis (Rm 8.26). Mas não se move dentro de nós, com gemidos. O ponto central do evangelho é Cristo e sua cruz. Este é nosso tesouro teológico, herança à qual devemos nos agarrar. Qualquer cântico que deslustre isto, que diminua Jesus, que esmaeça a cruz, é blasfêmia. Não quero cânticos de auto-ajuda. Quero Jesus e sua cruz. Quem tem Jesus não precisa de muletas emocionais. Quero cânticos bíblicos, de acordo com a fé que uma vez foi entregue aos santos (Jd 3).

CONCLUSÃO
Sei que foi uma palestra dura. Não vou me desculpar porque o que eu disse é o que eu creio. Sim, estou cansado da ditadura litúrgica que me parece associada a um fundamentalismo: só nós sabemos o que é espiritual e vocês estão fora, são do passado, são frios, são formais. Eu me recuso a cantar bobagens com roupagem espiritual. E desafio vocês a restaurarem a liturgia com conteúdo, com ensino. Desafio-os a não cederem à força da pobreza litúrgica que nos avassala.


Há algo mais comovente e com mais conteúdo que “Castelo Forte”, “Aleluia”, “Amazing Grace”? Por que a ditadura dos corinhos? Por que, no natal, sou obrigado a cantar que quero voar nas asas do Espírito? Que os compositores de corinhos componham música de boa qualidade com letras de conteúdo, e ajustada às épocas, também. Os corinhos são monocromáticos. Dizem sempre a mesma coisa. Nunca ouvi um exortando à confissão de pecados, falando do natal, da dedicação de crianças, da semana da paixão, de missões, da Bíblia como Palavra de Deus. Tudo é igual: louvar, adorar, contemplar, sentir-se bem. Não permitam a monocromia, que é sinal de pobreza.



Escrevi, tempos atrás, um artigo intitulado “Quero uma igreja velha”. Esta palestra é um desabafo e um pedido de ajuda: “Socorro, quero um culto velho”. Com a Bíblia exposta, com solenidade, com cânticos com nexo, com os grandes hinos de nossa fé, com Cristo e sua cruz brilhando. Sim, estou cansado da liturgia atual, que é pobre e alienante.

terça-feira, 18 de maio de 2010

CONTAR E CANTAR

Eu não sou capaz de contar todas as maravilhas de Deus, mas sei que as posso cantar.
E enquanto as canto, conto-as, na esperança de que meu contar não fique tão distante do meu cantar.
Contar é mui difícil, enquanto cantar é deleitável.
A Bíblia declara que Deus conta as estrelas, as estrelas que eu incluo no meu cantar, por serem obras das mãos do Eterno Criador, a Quem canto meus problemas e canto Suas soluções.
Cantemos, então, sobre as estrelas, já que nenhum de nós as pode contar, Gn 15.5.
Muitos param de cantar sua enorme felicidade, porque não param de contar os poucos momentos de infortúnio, esquecids de que cantar é melhor que contar.
Quando estamos enfermos, costumamos contar os momentos de dor. A Bíblia nos manda cantar, quando estamos alegres.
Na presença de Deus cantamos, mas não contamos. Cantamos Sua eternidade, mas não contamos o tempo, porque rápidos momentos se nos afiguram períodos quase infinitos.
Se você está entediado de tanto contar, sem cantar, comece a ser feliz, cantando, sem a preocupação de contar.
De tanto cantar louvores, Israel não conseguiu contar as emboscadas postas pelo Senhor para confundir e vencer os inimigos, II Cr 20.22.
Os lábios que cantam exultam (Sl 71.23), os que somente contam, se cansam. E não costumam cantar.
Davi abriu o caminho da vitória quando ordenou ao povo que oferecesse o canto; mas viu abrir-se a senda da derrota quando mandou fazer a conta do povo que . quem sabe, não cantava.
Já que não podemos fazer a conta do nosso cantar, evitemos cantar o nosso contar.
Cantar é sempre bom (Sl 92.1); contar às vezes é arriscado. Que o diga Acã, um contador de peças roubadas. O contrário de Davi, um cantador de bênçãos recebidas.
Sempre sabemos o que cantar; nem sempre discernimos o que contar.
Ao contar o cantar do galo. Pedro se esqueceu de contar o canto da fidelidade.
Já que não podemos contar o pó da terra (Gn 13.16), por que não cantar, então, a glória do céu?
Para ir à guerra, bem como nos grandes ajuntamentos, não se contam os meninos (Ex 12.37), mas para louvar a Deus, o melhor canto é deles, Mt 21.16.
Quando contamos a oferta (Nm 18.27), que é semente, ficamos aptos a cantar a bênção, que é fruto.
Quem conta com sabedoria terá muito a cantar. Quem sem sabedoria canta, nada terá a contar.
Dois elementos jamais se poderá contar: os pensamentos e as maravilhas do Senhor, Sl 40.5. O melhor a fazer, então, é contá-los, porque a pobreza da mente será compensada pela riqueza do espírito, visto que a mente é pobre para contar, mas o espírito é rico para cantar.
Quem não tem motivos para cantar, é porque seus dias não tem sabido contar, Sl 90.12.
Um dia o nosso contar chegará ao fim. Quanto ao nosso cantar, seguirá por toda a eternidade.
A Bíblia se refere a contar pela ultima vez em Ap 7.9. O texto declara que a multidão não se podia contar. Essa incontável multidão entra na Eternidade para cantar. E tudo aquilo que os salvos não puderam contar aqui em baixo, lá em cima poderão cantar.
Para sempre e sempre.
Deus nos conceda sabedoria para contar. E inspiração para cantar.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

UMA BÊNÇÃO CHAMADA SINCERIDADE

Andam dizendo por aí que homens sinceros são uma espécie em extinção.
Espalha-se, por todos os lados, que essa notável virtude, a sinceridade, saiu de moda. E de cena, o que é profundamente lamentável.
Um número quase incontável de pessoas tem descoberto que é infinitamente mais fácil e mais popular ser falso e demagogo e fugir do compromisso de ser sincero, mediante uma torpe aliança com a desonestidade, a mentira e o engano.
Um dos maiores desalentos da vida ocorre quando se descobre que um amigo, principalmente um bem chegado, deixou de ser sincero em suas palavras ou em seu comportamento.
Porém, ainda parece pior quando alguém não consegue ser sincero e fiel consigo próprio. Vale a pena lembra a pergunta de Dostoievski: agora vou tirar a prova: será possível sermos francos e sinceros, pelo menos com nós próprios, e dizermo-nos toda a verdade? (Cadernos do Subterrâneo).
Josué foi divinamente orientado a falar objetivamente ao povo de Israel a respeito da maneira correta de servir a Deus. Ele declarou em Js 24.14: “Agora, pois, temei ao Senhor, e servi-o com sinceridade e com verdade”.
Nesta escritura temor e sinceridade estão ligados. Trata-se de uma associação providenciada pelo Espírito de Deus e que precisa ser experimentada, cultivada e preservada por todos os que professam sua fé em Cristo.
Torna-se impossível à criatura humana temer a Deus agradavelmente se sua vida não está permeada de sinceridade.
O coração que teme a Deus deve ser inerentemente um coração sincero.
Ser sincero significa possuir grandeza de alma e intensa força espiritual, pois como afirmou La Rochefoucauld, as pessoas fracas não podem ser sinceras.

O pai da fé foi a primeira pessoa a usar a expressão sinceridade de coração, Em Gn 20.5 ele declara sua sinceridade e no terceiro versículo subseqüente tal sinceridade é solenemente reconhecida por seu interlocutor.
Não é de estranhar que Abraão seja chamado de amigo de Deus três vezes ao longo das Escrituras, visto que Deus não admite compartilhar Sua amizade com alguém que não se distinga por sua sinceridade, Pv 3.32.
A sociedade está tendo atualmente enorme dificuldade em acreditar no que as pessoas dizem, mesmo em se tratando de elevadas autoridades, porque ela, a sociedade, não consegue distinguir quando as palavras ditas e ouvidas são ou deixam de ser sinceras.
Não apenas no livro de Josué, mas também em Juízes (9.18; 19.9) a verdade está associada à sinceridade. É decididamente impossível alguém ser verdadeiro se não for sincero. E vice-versa.
Os reis precisam ser sinceros. Esta lição foi ensinada pelo Eterno a Salomão, nos dias primeiros de seu governo real, I Rs 9.4.
Em I Cr 29.17 lemos que Deus Se agrada da sinceridade. Isto significa que cada vez que deixamos de ser sinceros estamos desagradando a Deus, o que sempre resulta grave para quem assim procede. Se os reis devem ser sinceros, todos os governantes, todos os líderes e todos os que exercem autoridade devem igualmente sê-lo.
Depois de haver vencido heroicamente todos os desafios, todas as tragédias e todas as infelizes notícias de suas sucessivas perdas, Jó venceu dentro de sua casa a impiedosa batalha que teve por protagonista sua própria mulher.
Quão terrível foi a pergunta feita ao patriarca por sua mulher: Ainda reténs a tua sinceridade? Amaldiçoa a Deus, e morre. Essa pergunta foi instigada por Satanás, visto que ele havia recebido do próprio Deus a declaração oficial de que Jó era um homem sincero, Jó 2.3.
Ao longo do livro de Jó existem mais duas declarações de sua sinceridade, ambas feitas por ele mesmo, 31.6; 33.3.
Nenhuma adversidade foi tão forte a ponto de abalar o caráter sincero de Jó. Bem-aventurados são aqueles que jamais se separam de uma bênção chamada sinceridade.
Duas vezes no salmo 26 (versos 1 e 11) Davi declarou que andava em sinceridade perante Deus e duas vezes ele mencionou a necessidade de ser guardado e sustentado por Deus messa mesma sinceridade, Sl 25.21; 41.12.
Vários são os efeitos da sinceridade na vida do cristão. Mencionemos cinco:
(1) A bênção de ter a Deus como escudo pessoal, Pv 2.7;
(2) A certeza de andar em segurança, Pv 10.9;
(3) A possibilidade de ser guiado diuturnamente, Pv 11;3;
(4) A posse da felicidade, juntamente com seus familiares e descendentes, Pv 20.7. (5) Um fim de plena paz, Sl 37.37.
A falta de sinceridade é um fermento que tem roubado a beleza de caráter de muitas vidas. Paulo a denomina de fermente velho, I Co 5.8.
O próprio Paulo foi um notável exemplo de homem comprometido com a sinceridade, razão por que possuía uma consciência pura diante de Deus e dos homens, II Co 1.12.
Os pregadores devem ser sinceros, no púlpito e fora dele. Os pastores devem ser sinceros perante o rebanho e diante da sociedade que os rodeia, II Co 2.17; Tt 2.7.
Todos os crentes devem ser sinceros, Fp 2.15: na fé, na oração, na esperança, na fidelidade.no ânimo e no amor, II Pe 3.1; II Co 8.8.
Aos que primam por cultivar uma bênção chamada sinceridade, dedico as preciosas e imortais palavras do apóstolo Paulo, constantes de Ef 6.24:
A graça seja com todos os que amam a nosso Senhor Jesus Cristo em sinceridade. Amém.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Gratidão

Penhorado, agradeço ao meu amigo Ev Marcelo o seguinte, enviado logo após a inserção de minha mensagem DE CORAÇÃO PARA CORAÇÃO:
evmarcello.olliver: Amado amigo, o Eterno conceda-lhe vitória em sua visão! Eu confio. Deus cura por intermédio dos meios, sem os meios e apesar dos meios

DE CORAÇÃO PARA CORAÇÃO

1. Certamente os meus nobres, dedicados e fiéis leitores devem estar estranhando minha ausência a esta página, bem como à sua irmã gêmea, o bancodedadosbiblico.blogspot.com. Decidi neste momento abrir o coração e oferecer as devidas explicações.

2. Deveria eu estar hoje (13/5) viajando entre o Egito e Israel, como líder espiritual de uma caravana que seguiu no dia 10. Essa viagem foi cancelada, bem como alguns compromissos pessoais com igrejas e amigos.

3. Por mais de três décadas venho enfrentando uma luta permanente com determinados problemas nos meus olhos, especialmente o direito. Em 2008 submeti-me a uma cirurgia de remoção de catarata em Brasília e em 2009, em Natal, a uma outra, de raspagem de córnea. Ambos os médicos são cristãos e amigos. Fizeram um excelente trabalho técnico, mas os resultados se revelaram praticamente nulos.

4. Nos últimos meses tenho sido atendido por vários oftalmologistas, sendo um no Rio de Janeiro, outro em Indaiatuba, um em São Paulo e outro em Barueri. Um deles diagnosticou uma distrofia genética na córnea, de difícil tratamento.

5. A indicação de um transplante de córnea não tem sido aceita pelos cirurgiões devido a alta possibilidade de rejeição. Na próxima semana deverei consultar-me com uma Professora de córnea, em SP.

6. Como resultado, meu ritmo de atividades mudou bastante, especialmente naquilo que mais me ocupo: ler, escrever e usar o computador. O ritmo aconselhado foi de uma redução de 80 por cento.

7. Estou, naturalmente, esperando um milagre de Deus. Tenho pedido (e continuo) aos servos de Deus oração neste sentido.

8. Deverei estar atendendo a alguns compromissos, por razões óbvias, mas com a cautela necessária. Continuem a acessar os dois blogs. Farei o melhor que puder para abastecê-los.

9. Dada esta explicação, conto com a simpatia e a compreensão de todos. E aproveito a oportunidade para agradecer a solidariedade de muitos preciosos amigos, em diferentes rincões desta Pátria.

A vitória é nossa pelo sangue de Jesus.